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Maarten Janssen, 2014-

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1793. Carta de autor anónimo para destinatário anónimo.

SummaryO autor, provavelmente advogado, tenta descansar um preso sobre o andamento do seu processo e o pedido de que pelo menos saia da cela do segrego. Dá-lhe também notícias de uma mulher, referida como Joaquina, que estará bem. Como se refere o marido de Joaquina, tratava-se provavelmente de uma acusação de adultério.
Author(s) Anónimo402
Addressee(s) Anónimo403            
From Portugal, Lisboa
To Portugal, Lisboa
Context

O padre João Paulo da Costa, preso na cadeia do Castelo em Lisboa, denunciou ao corregedor do Crime do Bairro da Ribeira, Francisco Manuel Pinto de Mesquita, as más práticas do carcereiro, José Themudo. As quatro cartas incluídas no processo, cartas ora recebidas ora enviadas por presos, destinaram-se a corroborar a denúncia.

Support um quarto de folha de papel, escrito no rosto
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Feitos Findos
Collection Juizo Crime do Bairro da Ribeira
Archival Reference Maço 36, Documento 28, Apenso 27
Folios 5r-5v
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcription Tiago Machado de Castro
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Tiago Machado de Castro
Standardization Clara Pinto
Transcription date2015

Page 5r

[1]

Tenho recebido algumas algumas suas; as quais

[2]
agora respondo pois ainda me não foi possivel responderlhe
[3]
em pro vou a dizerlhe qe tenha constançia e não se desconsole
[4]
qe se tem visto cazos mto mais feios e em breves dias obterem liberde
[5]
emqto a Joaqa não tenha cuido pois se lhe tem contribuido
[6]
com o q perçiza; e ella he sabedora das cartas qe vmce tem man
[7]
dando; emqto o qe manda proguntar se lhe pode mandar o seu
[8]
signal mandemo qe logo lhe q he intregue; e a respto do requerimto pa o principe ja mandei o q vmce me mandou
[9]
ultimamte pa o sezinando; a ver se se pode fazer alguma
[10]
couza pois julgo qe he a pessoa qe vmce alega; e jumtamte elle
[11]
ve o q vmce tem dito em proguntas pa milhor se fundar tan
[12]
to a respto do dinro qe lhe ganharão como do marido de Joaqa
[13]
e ja se mandou um requerimto ao Regedor a ver se o manda
[14]
va tirar de segredo elle despachou que po ora não ha
[15]
via qe deferir mas isto ja foi a mais de 8 dias; e fique
[16]
descansado qe tudo qto lhe eu poder fazer tudo lhe ei de fazer
[17]
tanto pla sua amizade; como pla endigençia a qe o vejo redu
[18]
zido; a qual eu bem dezejara estar na ma mão com qe lhe
[19]
pudeçe valer; pois conheça qe sou seu Amigo do C
[20]
emqto ao signal; pode mandalo pa se emtregar a Joaqa e ella por ora esta
[21]
boa; - e o mais ja foi pa a mão do sezdo

[22]

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