CARDS6026
1820. Carta atribuída a António Maria Vidal, acusado de ser salteador, para Ana Joaquina, lavradora.
Author(s)
António Maria Vidal
Addressee(s)
Ana Joaquina
Summary
O autor, sob nome falso, ameaça Ana Joaquina.
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Ao Snr Cappam Manoel vás
lavrador da Roza gorda asis
tente em a Va d'Almodovar pro
vincia do lentejo pello Corro
Almodovar
Illustrisima
Senhora
Dona
Anna
Joaquinam
trecero peditorio que se pede ao espozo da
senhora sobre o
filho do coronel da
cavalaria ja
defunto
Pede o padrinho ao
Senhor dezembargador
Domingos Joze Cardozo comissario em chefe
do Exercito e
Juntamente aos seus dois
companheros
que se emtreção pello
mesmo
que he
Joaquim Caitano dos
Santos Quintillas o outro he
Fernando Antonio da Silvera Brandão por
ver a Innocencia dos
trabalhos achandoce
juntamente aballando elle em
dia nove do mes de quanto
lhe emputão o dellito
desta Corte com a quantia de
outenta
Moedas e hum belhete de Secenta
mil reis pois me dizem
que fora prezo por sua
ellustresima e como se lhe tem pedido o perdão
porque o não perciza mas querião Junto ao
comcelho
para ser solto pois
que
muito milhor
lhe era ter feito o
que se lhe tem pedido sendo
asignado pello
Juis de fora dessa Vila ou
por outro qualquer
que seje e estes tres
senhores
estão pronptos para obedecerem a
Senhora e pello
ceo Coração
mais piedozo ainda que elle teve
a perda
que teve nada he com a
Senhora
quem a de
pagar a perda a de ser esse Jacobino do
Orive que armou pella denuncia
que quizerão
dar delle
atrazadamente por cortar a Sarrilha a
Moeda
do Real Senhora este perdão seje
dado
com tempo que não chegue a voto de cer cumpre
em
comcelho por quem fica mal he a
Senhora podendo
ficar bem e
tão bem e sendo precizo algum empenho
para qualquer cauza que
seje
não tem mais que proguntar em
que bairo mora
o Dezembargador Comiçario em
chefe do Exercito
quem lhe tem escripto não he da
minha Caza pois agora
he
que lhe mando escrever como me dezião
que não
era precizo eu escrever
porque ja se lhe tinha
escripto e a decizão
que avia estar nos actos agora
escrevo ao
chefe e me responde que não pode ser
solto sem
paçar pellas armas desse Comcelho de
guerra publicandoce o perdão
que esta para se
deitar
tem que lhe dar todos os dias o
que Sua Magestade
Mandar e a
quantia
que eu lhe pedir de cada hum dia
que o Suplicante tem estado prezo não tendo dado
o
perdão e tendo já dado já não tem ninguem
que dizer nem lei que o
oubrigue e quanto mais sedo
milhor
em dia 24 de Janeiro
deste
Seo Venerador
Joaquim Caitano dos
Santos
Lixa
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