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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0057

[1500-1599]. Carta de Filipe Vaz Lobo para destinatário anónimo.

SummaryO autor reporta a uma instância judicial factos ocorridos com um cristão-novo que conheceu enquanto estava detido.
Author(s) Filipe Vaz Lobo
Addressee(s) Anónimo315            
From S.l.
To S.l.
Context

Dentro do fundo do Tribunal do Santo Ofício existem as coleções de Cadernos do Promotor das inquisições de Lisboa, Évora e Coimbra. O seu âmbito é principalmente o da recolha de acusações de heresia. A partir de tais acusações, o promotor do Santo Ofício decidia proceder ou não a mais diligências, no sentido de mover processos a alguns dos acusados. Denúncias, confissões, cartas de comissários e familiares e instrução de processos são algumas das tipologias documentais que se podem encontrar nestes Cadernos. Quanto ao crime nefando e à solicitação, são culpas que não estão normalmente referidas nestes livros.

O sobrescrito da presente carta está truncado e ilegível, tornando-se impossível perceber quem são os reais destinatários.

Support uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Caderno do Promotor 192
Folios 295A r-v
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcription Tiago Machado de de Castro
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Tiago Machado de Castro
Standardization Raïssa Gillier
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2014

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snors

eu como quer q são cristão velho e me doy minha nesta cadea da sidade/. não posso deixar de me hos dias pasados avera des ou doze dias esta mão a casa nova domde me mudarão pa aqui q cristãos novos prezos velho e houtro mãosebo abarcados e lhe tomarão as fazẽdas / este velho q se e mais me pgumtou p hus dous cristãos novos e se era eu seu parẽte delles dixelhe q si e q era tãobem dai a dous dias se veo a mim e me dixe q lhe emsinase não sabia nem o credo senão em llatim e mall e na sallve gregina dizemdome q lhe tinhão feito la não soubera q lhe avia ho corogedor de fazer houtra q me roguava q lhos emsinase e emsinãodolhos me tão sivell como aquella e baixa se lhe não metia mais / e asi me dixe q se o llevavão as casinhas q ho pgumtãodolhe eu porq q não dixese tall respomdeome q como elle se lla fose q todo lla se pderia e avera de pder poq sido de todos / mais dixe po hum cllerigo q aqui aõda estãodo os mãodamtos vimdo pasoãodo q cão aquelle / mais me dixe lhe eu q se lhe fisesẽ pregumtas outra vez q dixese q os mãodamẽtos q era poq era de novẽta anos dixe q não sua natura se a tinha fanada / mais me dixe dar duvida ho comer e aguastãodose elle dizẽdolhe eu q se não aguastase o comer senão per a nova ma q lhe avia de vir e tornãodolhe dixeme q era de lhe fazerẽ allgumas pgumtas outra a emtero dar não lhe vir ho comer pera q se fizese pasãodome pera esta casa de sima omde estou dizẽdo q po não ouvir ho q se amanhã fazia q era milhor q não aqui tornãodolhe eu a pgumtar poq dixeme q po iso q se fazia amanhã / histo tudo me dixe em minha comsiemsia q eu ho não vi senão alli nem conheso parẽte seu mais q isto poq ho escrevi a cõfesor fradinho da capucha q ho escrevese lloguo a vosasms / q se chama frei lho escrevo / o cristão novo se chama simão memdes ao poso do chão ao crosofisio não sei mais q isto e isto em minha allma eu lhe não quero mall nẽ no conheso a vs noso sor cõserve a vs a mim e me llivre desta salla da sidade hoje sabdo hesta aimda preso na pisão desta sidade na casa q omde estão outros mtos cristãos novos q elle como

Fellipe vaz llobo

Legenda:

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