Representação em facsímile
1592. Carta de Cristóvão Gomes de Vasconcelos para o seu filho, António do Vale de Vasconcelos.
Autor(es)
Cristóvão Gomes de Vasconcelos
Destinatário(s)
António do Vale de Vaconcelos
Resumo
O autor dá notícias dos processos judicias que decorriam em Arraiolos contra o destinatário.
tres anos pa castRo marỹ e sobretudo
llevou sem mill rs pa hos quais se ven
deu ho basello e ho demais pagey em
dinheiro de contado e des myll rs da Ren
da da vynha em que me llogo cõdenou
de maneyra q tudo isto fez e esta feyto como
dygo agora q te quero dyzer ho que Resta
Isto ten Recuso trazendote nosso sor e que
rendo vir pa quebrar hos holhos a quẽ te
lla deytou e jurou fallso comtra ti he
fasas muyto p valleres e averes papeis pa
cõ ho Rey pera te darem provizão pera vi
res e trazeres muyto dinheiro pq sem elle
não se pode bollyr nẽ llyvrar p ser ho caso
muyto agro e fortes Reigos pertamto te peso
q tu tenhas llembransa de tudo Isto e
te dygo pq trazemdo Isto comfyo na m||merce
de deus q ho llyvramto que ho tes bem mas como
dygo a myster dynheiro e se puderes man
dar me hua procurasaom pa querellar em
jurado e d allgus que jurarão comtra ty
dar p esta jornada e llembro te q nos tens
posto em mta cöfuzão não escreveres
e se hũ mãosebo d evora não disera q te
vira e hua carta q mãodou hũ d estremos
que sempre nos pareseu que eras morto per
tamto não deyxes de escrever todas as ve
zes e mto llargo de tua vida e sosego
pq bem sabes q esa he o noso comsollo ter
novas de todos hos teus eles te escrevẽ ptamto
te não dygo mais senão q todos estão bem e todos