O autor dá notícias à esposa dos seus primeiros tempos vividos no Brasil, mostrando-se muito afetuoso e saudoso.
[1] |
vio na Auzencia eu to pertendo dár; eu procuro, eu exami-
|
---|
[2] | no
por todas as partes as ocazioens de Na-
|
---|
[3] | vios, ou pa essa, ou
para o Porto: Assim ago-
|
---|
[4] | ra como parte este primro do que o
que
|
---|
[5] | vai para essa, eu fiz parar hum
pouco a outra
|
---|
[6] | ma carta, emquanto te fazia esta.
|
---|
[7] |
A meu Bem, meu Amor Deus permita
|
---|
[8] | q tu estejas boa, q tu te devirtas,
e que
|
---|
[9] | te não tenha faltado couza que alguma,
|
---|
[10] |
porq todo o meu dezejo, hé o teu
descanço,
|
---|
[11] | a tua alegria; Ah ma Cara Menina, se
|
---|
[12] | disto eu
tivece a certeza; a certeza sim
|
---|
[13] | de q te não consómes concervando-me
sem-
|
---|
[14] | pre o teu fiel Amor, emtão hé que pode-
|
---|
[15] | ria
talvez ter refrigerio o meu pezar. Ou-
|
---|
[16] | tra Molestia eu aqui não
padeço, o Ar hé
|
---|
[17] | são, hé fertil o terreno, solitarios paceios, a-
|
---|
[18] | praziveis á ma melancolia, Dizem que há
|
---|
[19] | boas Quintas, eu o não
duvido, porq tudo aqui
|
---|
[20] | são bosques de altos Arvoredos; convivencia
|
---|
[21] | aqui não há nenhuma, porq se ha Raparigas
|
---|
[22] | algumas q sejão
boas, o q eu certamte inda não
|
---|