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1781. Carta de José de Saldanha, militar, geógrafo e astrónomo, para a sua mulher, Mariana Efigénia da Fonseca Pereira.

O autor dá notícias à esposa dos seus primeiros tempos vividos no Brasil, mostrando-se muito afetuoso e saudoso.

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[1]	vi, estão escondidas, ou metidas por dentro de
[2]	miudas Rotulas de q se compoem todas as
[3]	genellas; De dia não se vê huma unica Mu-
[4]	lher branca; de noite o que aparece pellas ruas
[5]	são algumas das já corridas, inda essas de
[6]	feissimas caras, misturadas com Mulatas
[7]	outras q tais: emfim tudo hé máo, e assim
[8]	deve ser onde falta a ma Mariana. Oh meu
[9]	Amor se eu cá te tivéra, de tudo se me da-
[10]	va bem pouco; ágora que me arrependo de
[11]	te não ter mandado vir logo depois de rece-
[12]	bida comigo, para aqui: o meu Amor hé que
[13]	me tem reprezentado isto como facil; na Car-
[14]	ta q agora te estou escrevendo te falo nisso
[15]	com maiores explicaçoens. Mas eu não sei
[16]	se o dezejo hé q me alucina.
[17]	Deixame pois concluir esta carta pa tor-
[18]	nár á outra. Péssote não te esqueças de mim
[19]	q vejas se podes tãobem escrever pello Por-
[20]	to; mandando falár nisso ao Lxa, pessote plo
[21]	Amor de Deus não exprimentes falta algu-
[22]	ma; porq quèro q avizes ao do Lxa pa q elle