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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0084

[1822]. Carta anónima dirigida a Silvestre José, pastor.

SummaryCarta com ameaça de represálias caso o destinatário apresente queixa contra o seu autor.
Author(s) Anónimo7
Addressee(s) Silvestre José            
From Portugal, Avis
To S.l.
Context

O juiz de Avis mandou abrir um inquérito à morte da esposa de Silvestre José, Antónia do Rosário, e ao roubo do monte onde o casal vivia, uma vez que Silvestre não apresentou queixa, provavelmente por estar sob ameaça dos salteadores, que diziam pertencer a um grupo de vinte e sete homens. Quatro homens foram detidos, embora todos negassem conhecimento do caso. Do processo consta uma carta ameaçadora dirigida a Silvestre José por membros da quadrilha, embora tenha sido deixada à porta de um outro morador de Avis. Este processo configura bem o quadro social que muitos observadores estrangeiros traçaram a respeito da criminalidade.

Support meia folha de papel dobrada escrita na primeira face e com sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra J, Maço 123, Número 10, Caixa 330, Caderno 1
Folios 6r-7v
Transcription José Pedro Ferreira
Main Revision Cristina Albino
Contextualization José Pedro Ferreira
Standardization Sandra Antunes
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

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A Snr Selivreste morador no monte fidalgo Snr Selivreste

não empute o roubo a morte de sua mulher senão pelo pastor da caza dono da dita bura por ele foi emLugida toda a roina e pelo guarda dos arifes joão e tambem joão dos galvons agostinho guarda dos galvons jasinto filho de juremenha eles descubriram quem sam os mais bastantes hera q estava hum sirco deitado da roda do monte esta quazia não estava guardada pa vmce mais fomos emtorzodidos por esta familia como asima declara e por eles ser rodicos por iso os descobrimos sos mais não temos medo porque estamos munto destantes e semos vinte sete e dira o Snr tarana q se bolir em alguma couza avemos hir la e pagara com a vida e lhe vamos abrazar o monte e lh' avemos dorotar todos os seus gados


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