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Maarten Janssen, 2014-

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1623. Carta de Frei Agostinho da Cunha para o Padre-Mestre Frei António de Sousa, deputado do Santo Ofício.

Autor(es)

Agostinho da Cunha      

Destinatario(s)

António de Sousa                        

Resumen

O autor informa o destinatário de diversos casos de interesse para a Inquisição.
Page 418r

Mto R Pe Mestre

Por me VP mandar dizer o avisasse do q nesta terra socedesse ainda q não tivesse ordem da mesa, visto todas as cousas me virẽ a mão faço estas regras. Hum discipolo meu clerigo me disse ouvira a homẽ cujo nome aguora me esquece fallando nesta materia de judeos q sahiem nos cadafalsos q mtos eram acusados falsamte e q morrião ou injustamte e me parece disse q eram martyres perguntando se era christam novo disseme q não sabia se tinha algũa cousa pq o não conhecia bem q so sabia ser casado hũa christam nova. Esta mesma lingoagẽ contou hum estudante filho maior de escudeiro q chamão de alcunha o pam de rara ouvira não sey se ao mesmo se a outro mas disse q era christam novo. Mandeilhe recado algũas vezes me fallasse pa me informar melhor, não quis acudir. Detras de Marvilla esta homẽ da nação o qual esta em cama, e diz algũas blasfemias entre as quais diz q sempre foy herege e q suas culpas requerẽ fogo etc. duas vezes me chamarão pa o ver pareçeme doudo e o mesmo julga o medico q he christam velho. Hum homẽ natural da golegam me dyse q outro da dita villa chamado frco Antunes cavao era homẽ de mao viver e q não adorava a hostia na misa, etc. mas que lhe parecia ser christam velho posto q fira casado hũa christam nova Isto he em suma o q estes dias me disseram, se me mãdarẽ ordem tirarei mais distinta informação. o clerigo meu discipulo se chama Mel Correa . mandeme VP em q o sirva. Nosso Sor gde. 16 de Agosto de 623.

Fr Agostinho da Cunha


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