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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0594

1743. Carta de José Moreno Ferreira, cura, para Vicente Gomes Godinho, padre.

ResumoO autor denuncia ao destinatário um caso de bigamia.
Autor(es) José Moreno Ferreira
Destinatário(s) Vicente Gomes Godinho            
De Portugal, Portel, Vera Cruz
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Processo relativo a Bartolomeu Rodrigues, filho de Lourenço Rodrigues e Inês Coelho, mulato, cristão-velho de 50 anos de idade, ganadeiro, natural do lugar de Almendro, em Espanha, e morador na freguesia de Pedrógão, termo de Beja. O réu, também conhecido como Bartolomeu de Orta, foi acusado de bigamia por, estando casado com Susana Gomes Pereira, ter casado segunda vez com Domingas Gomes, crime que o levou à prisão a 12 de setembro de 1743. A sua primeira mulher, Susana Gomes Pereira, teria fugido para Badajoz para evitar os maus tratos do marido, tendo sido dada como morta pela família. Já de regresso a Lisboa, foi alertada pelo Padre Bento de Carvalho do segundo casamento do marido, informação que desencadeou a investigação do caso e resultou na denúncia do réu. Em auto-da-fé de 28 de junho de 1744, Bartolomeu Rodrigues foi condenado a abjuração de leve, degredo para Angola por 4 anos, instrução na fé católica, penitências espirituais e pagamento de custas.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita no rosto e no verso da primeira face.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 10274
Fólios 23r-v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2310436
Socio-Historical Keywords Catarina Magro
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Catarina Magro
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Catarina Magro
Data da transcrição2015

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Sr Rdo Pe Vicente gomes gdo

Mto saberei estimar, q vm logre boa saude, da q me asista pde vm dispor como sua.

Sr Denuncio a vm Bartholomeu D orta mor em o lugar de Pedrogão termo de Ba, e dis q de Alcotim do Algarve, ouve noticia q este tal homem hera cazado duas vezes com ambas as mers vivas, ouvi dizer a elle mesmo, q frade capuxo, q emtendo hera o Pe pregador Fre Jorge, mor em o Convto da Moira, o veyo buscar a sua caza pa este mesmo , e pello não axar em caza, deixou recado a sua mer pa q mandace avizo, pa q foce o Convto do do Pe depreça o q sucedeu, cuando o tal homem em dia de quinta fra, q se contarão sinco deste mes de septembro, me buscou em ma caza, pa me contar todo o facto, trazendo comsigo homem q lhe xamão Thomás Triz homem trabalhador, em cuja prezença e na de ma May contou q sua pra mer Suzana Gomes lhe tinha fugido com homem, e depois de algũ tempo lhe de lhe deram noticia de q a tal sua mer hera morta, e q estando doente em o Hospital de Moura de nascido em , levandoa com carta de guia lhe morreo em a frega da Granja, tendo elle esta noticia, dis elle o tal Bartholomeu D orta, q dando testemunhas como aquela hera sua mer, lhe pasou o Parocho certidao pa poder cazar com outra q pesue em o lugar do Pedrogão, e preguntando lhe eu, como se soube q ella morava em pedrogão? me respondeo, q a sua pra mer bem sabia q elle alli morava, e q havia dous annos q tambem sabia q elle hera cazado com esta segda disto descomfiey, sem lhe dizer nada, e isto mesmo dou a vm a saber por denunsciação q delle fasso; he homem de pequena estatura mais de meya ide e he moiral de ovelhas, he do q a vm posso dar noticia; e com isto fico pedindo a Ds q gde a vm ms ans Vera Crus de septembro 14 de 1743

De vm Mto afectuozo, e Inutil capellão O Pe Joze Moreno Frra

Legenda:

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