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Maarten Janssen, 2014-

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1734. Carta de Luísa Maria Teresa para o seu irmão, António José Cogominho, fiscal da Intendência das Minas de Sabará.

Author(s) Luísa Maria Teresa      
Addressee(s) António José Cogominho      
In English

Request letter from Luísa Maria Teresa to her brother, António José Cogominho.

The author asks her brother for help so that their sister, a widow with several children, can make ends meet.

António José Cogominho, a New Christian, 49 years old, a civil servant at Sabara de Minas, Brazil, was married to Joana Micaela de Sande Tórrosa. After a stay of 18 years in Brazil, allegedly without news from his wife in Portugal, he married Eufrásia Maria dos Prazeres. He was later accused of bigamy, and the court papers include three letters from Portugal, which he presented to the religious authorities when he was trying to proof that his first wife was dead. According to him, as soon as he got to know that his first wife was still alive, he left his second wife and embarked for Portugal, which he believed was a signal of how he acted in good faith.

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Page 10r > 10v

[1]
Lxa oriental 22 de 8bro de 1734

Meu Snre numca me aRoje desta comfiança porq tambẽ

[2]
lhe não deseijo favor de suas letras em todo o restante de tempo em q ha
[3]
bita; nessa provincia; o q não emnoro ; pois pa este favor; não dependia vm
[4]
nada desta sua serva, mas numca me descuidada de precurar noticias de vm
[5]
como qm o venerando por irmão de outro Irmão a qm tanto estimava a ma
[6]
veneração asim pello seu agrado a favor q me fazia; como pello amor com
[7]
q tratava a ma mana, e a sua famillia, e caza; e como em tudo a fortuna
[8]
foi ma comtraria, nesta vida, não quis esta deixar de exzecutar comigo os
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seus rigores, q não tive por meus pecados o castiguo de Ds em o ver com ser
[10]
mos tão deferentes; q por respo de huã afeição q tomou so per fora se vol
[11]
tou de tal sorte e com tal comdisão q não tomou aborrecimto a sua
[12]
molher e filhos; mas ainda á mim me tomou tál odio q vinha a esta
[13]
caza a fallar o sr Bor do Reguo pa os seus negos se não fazia cazo de mim
[14]
sendo o meu trabalho e serviso desta caza o principio da sua vida e aumto q
[15]
mtos mais tivera e mto remedio deixava os seus fos se não tivera a penção de
[16]
sustentar outra caza; e com mais atenção q a sua propria; e vivendo em
[17]
comtino llavarinto de emlleios acabou a vida; o q mais atribuir sua
[18]
cauza; algũs efeitos q lhe fizerão, mas sempre foi rte de Ds q eu vise
[19]
mo irmão com tanto destroso e dezemparo; q andando doente an
[20]
no numca lhe ocorreo q hera avizo de Ds pa cuidar em q lhe poderia fal
[21]
tar a vida; e ficar sua molher e filhos dezaranjados como ficarão; athe
[22]
q Ds foi servido acabase com tal repente q apenas ouve autos de cris
[23]
tão; sem deixar clareza alguã da sua vida; mais q huã novela
[24]
de emredos com dividas q pasavão de fazer nomero de des mi
[25]
mil cruzados sem ter de seu não des mil reis; q se não fora este
[26]
snre porião logo mo Irmão Na Rua e a seus filhos sem mais cobertura
[27]
q a q Ds lhe criou; pode vm crer q se não achara por todo mumdo cazo
[28]
semelhante q podendo ser a comsollação dos seus e meus parentes foi
[29]
maior pezar; os seus parentes do álentejo; todos ricos e fidalgos como
[30]
ja não tem dependensia de negos ja não ha parentesco, nẽ noticias

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