O autor dá notícias a seu tio da sua situação no degredo e do estado do seu processo e pede-lhe ajuda.
Meu thio Sor V m ja se
infadara de ler e heu de
escrever
rezão por ter
dito a V m me venda o que
tiver Como que a
V m não
Comvem o lameiro e não
intenda que estou
em
pinhado em beis so sim
em ser ben soCedido Con
eses Cais e
isto não se pode
fazer sem dro pois coatro
moedas e meia
q V m me
tem mandado ter duas
Cauzas em
braga e Comer
delas e pagar ao proprio
desta que Chegou agora
de
Braga esa hera verm
os como me vi
solto não fa
ltarão amigos asim dos
negoCios de
Braga o Miguel Con
tara a V m e so vai por dro
pa tor
nar a partir logo q asim inporta
muito
Como V m dele colhera
a respeito de humas Cartas e ter
sen
tenCa e levar a estoutra Cauza
e como não Cei o que la socedera
he nececario ao menos levar pa la
des mil reis e pa
Ca pa o tresla
do dos Autos que leva seis e pa
Comer ja não quero nada e não
faCa a esta como as mais e avie o por
tador
Com brevidade porque os Au
tos ja estão tresladados e ao menos ma
de
pa Ca pagar e o mais ponho pronto
que por la hira coando for
mas Com
brevidade
ds gde
a V m
Miranda
e MarCo 2 de 1724 a
o Bispo
me dise onteontem que procurou
onde hir a somana santa em que
ne
se tenpo não tivese sentenca sempre
vou o degredo por mor da moca que
di
zem os Cais emprinhei do meu degredo