Representação em facsímile
1732. Carta de Francisco Monteiro, caiador, para a Mesa da Inquisição de Coimbra.
Autor(es)
Francisco Monteiro
Destinatário(s)
Inquisição de Coimbra
Resumo
O autor, preso no aljube de Braga, escreve aos inquisidores a pedir que o tirem de lá, alegando que tem mais para contar e que se encontra mal do braço direito.
Sor Emquezidor ou qm Tiver poder pa
mandar no sto Tribunal saveram v m
Vm q esta neste Aljuve da sidade
de Vraga hum prezo q por sua Mize
ria e desgrasia
e pouqua Ventura
e por a tentasam do demonio o chega
ramos cem pequados A cazar segda
ves e tendo A
pra mulher Viva sen
do huã de guimes e outra d o pe de va
Rial e foi o supte
prezo em Va Rial
por orde do Vro jeral e dahi veio Rem
etido pa o aljuve desta sidade
donde
esta agora A tenpo de 9 somanas
e como o supte he doente de hum Bra
co direito esta pasando
mta nesecida
de e mizeria na dita prizam e tem
avizado a 1 Comisario ou dous e hum
famelial todos do
sto ofisio e Como
as Culpas do supte
Compete A ese sto tribunal
e o supte fora do Cazo por
donde esta prezo tem mais huãs Couzas q viu As quais
nam pode descovrir
senam nese sto tribunal e asim
da parte de deos lhe pede a vm A qm esta for emtregue
e
da pte do sto ofisio q logo Vm mande Busquar
o dito prezo ou orde pa
que o la leve de qua e fiqua es
perando q Vm sejam servidos asim o mandar pelas
almas santas ou de
vm siquer Reposta oje 12 de
agosto de 1732 Aljuve de Braga ds gde a vm mor
Deste mal Afertunado e menor Criado de vm
Vm me perdoie pelo amor de deos
Franco Monteiro prezo