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Maarten Janssen, 2014-

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1561. Carta do padre Matias Bicudo Furtado para Lourenço Pires de Távora, embaixador em Roma.

Author(s)

Matias Bicudo Furtado      

Addressee(s)

Lourenço Pires de Távora                        

Summary

O autor, residente no Cairo, dá cabais informações ao embaixador português em Roma: refere-se longamente a assuntos de política, viagens, comércio e relações pessoais.
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aviso a vs da mta quantidade d espeçias q aos o estreito os dous anos passados veo e se espera ainda este, e quero crér q tanta copia como aquí vejo vir não podera passar sem consentimto dos que aqllas partes governão/ e crea ser mto mais do que nas passadas tenho dito poq cada dia entrão neste cairo caravanas do tór e cóçer e não trazẽ outra cousa que espeçias e tenho sabido serem entradas d anno a esta parte neste cairo çínquoenta mil quintães d espeçias de toda sorte e o mais pimẽta, cousa q não sei eu se a vs parescera fabulosa/ mas pode sér que o q direi lhe dará algũa cór de verdade/ A renda desta speçia estava agora faz tres annos em cem saccos (tem cada sacco seiçentos e vinta çinquo cruzados) e de dous anos a esta parte arribou a duzentos e çinquoenta saccos em tres anos/ e assi A renda d Alexandria estava em trezentos saccos e po causa da mta quantidade de pimẽta q na terra arribou a quinhentos saccos em tres annos/ ora veja vs esta puia a qual não seria se a mta copia d espeçias não fosse, as naos venezeanas q ao porto d Alexandria vẽ não levão outra cousa q espeçias e se as não ouvesse nhũa entraria nelle/ e o mesmo digo das de frança/ eu não sei a causa por q s Al permite q os mercadores da india tratẽ neste estreito pois disso lhe vẽ grande dãno// não seria mto milhor q pois as naos q ao estreito vẽ partẽ dos portos de s Al ou donde ao menos os podẽ obriguar q s Al quizer ordenar q nhũa nao sob pena castigo entrasse neste estreito/ e quẽ quizesse/


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