O autor dirige-se aos inquisidores fazendo acusações sobre troca de correspondência ilícita dentro dos cárceres do Santo Ofício e promete novas informações em breve.
[1] | que por mto que seja seu dro que com elle nem a
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[2] | deus nem ao samto offiçio podem enganar
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[3] | que a troco delle andão VSas vendidos ha mto
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[4] | tempo, mas quis o mesmo sr que tomasse eu
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[5] | por minha conta o desenpenho, de materia tan
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[6] | to sua e como as couzas se forem pondo
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[7] | em via eu buscarei a VSas ainda que
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[8] | seja fora do tribunal pa que acabem de se
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[9] | dezenganar com estes judeus de lisboa
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[10] | que outros estão vendendo a VSas e comprando
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[11] | com dro o secreto e pureza do sto offiçio, ponhão
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[12] | VSas logo remedio neste primro ponto dos escritos
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[13] | e logo passaremos ao segundo e mais esençial e
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[14] | importante, não digo quem he o mensageiro
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[15] | dos escritos porque não estou bem serto se
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[16] | he o alcaide do carçere (que me pareçe o mais serto)
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[17] | se guarda mas dar logo varego a Ro Aires, e dute
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[18] | da silva tirandoos dos carçeres pa fora, e em suas
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[19] | pessoas calçöis, jubõis, e mais corpo em pro lugar; e a mo
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[20] | lher em sua casa, por ministros rectos; e na
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[21] | segunda instançia e pa o segundo ponto que pro
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[22] | meto, lhe darei a VSas sinais e provas tão evi
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[23] | dentes e conheçidas ao pe da letra que não
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[24] | seja necessaria mais diligençia em tanto
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[25] | gde Deus as catholicas pessoas de VSas Lxa no
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[26] | mes de abril de 1651
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