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Maarten Janssen, 2014-

Syntactic Trees

[1617-1620]. Carta não autógrafa de Antónia Leal, mulher de um sapateiro, para um membro da Inquisição de Coimbra.

Autor(es)

Antónia Leal      

Destinatario(s)

Anónimo115                        

Resumen

A autora enumera os argumentos que a levam a considerar que o seu cunhado é judeu.
Sentence s-2 eu sou hũa molher cazada neste lugar de semide com homem capateiro q se chama andre marques he ha dous ou tre mezes que temos em caza hua minha irmão com seu marido ho qual não sabemos d onde he nem se he gudeu nem se he truquo porq diz q os trusquos q dizem q a snra q não pari sem varão
Sentence s-3 e he ho arenegado q tal diz deve de saber muito dela
Sentence s-4 este homem chamamlhe ho arenegado no fundam onde esteve cazado com outra molhe cristam nova e gavace q fez la feitos q ho não queimarem lhe roubaran a gustixa e anda por escumugado
Sentence s-5 disto mesmo se gava ele
Sentence s-6 he homem q arenega de deus e de seus sanctos e arenega dos osos dos sanctos dos aterez gura polas tripas de deus gura polas chagas do diabo e emcomedase a elas q lhe valham os seus trabalhos
Sentence s-7 diz q se deus o matar de fome q ma bocado a deus de comer dele e q ha d acabar d arenegar
Sentence s-8 dix q a augua q he maldita e q os malditos vam pidila a deus do seu
Sentence s-9 dis quando ha de dizer esperaime em pratiqua diz q lhe esperem ate vinda de cristo
Sentence s-10 nisto mostra ser gudeu q não crcer cre q he vindo ho mundo
Sentence s-11 diz q deuos q não pode perdoar pecados
Sentence s-12 diz q deus q não pode remediar trabalhos
Sentence s-13 diz q hũa pecadora q se não pode salvar nem deus a pode salvar
Sentence s-14 diz q os p pecados garandes q se não am de comfecar senão porse os peis do comfecor e por os olhos n no seu e q logo fiquam perdoados
Sentence s-15 diz q não tem q ir fazer a igreia nem tem q ir la ver
Sentence s-16 diz q quer mal os qrelegos e as cousas da igria
Sentence s-17 diz por esquarneo nouvada seja a caralhinha de c cristo
Sentence s-18 diz quando diz sua molher os poderes de deus nos valham respomdeponde os foderes de deus nos valham
Sentence s-19 diz q dezeja de dezonrar hũa filha dum crelego pelo mal q lhe quer e quando não puder q ha de ver se pode acolh ho propio crelego e q com ele ha de dormir e e desomRalo pelos a Pater e apouquar
Sentence s-20 he homem q migou na natureza da sua mula dizendo q a mula q estava com dezejos de fazer tal couza e q o conhicia a a mula
Sentence s-21 e diz q não he bautizado nen he cristam q pera o ser q ho am de tornar a bautizar
Sentence s-22 diz a mulher q lhe beije sua natureza e q compriRa com ela na boca e por detras
Sentence s-23 diz q dorme com a mulher por não dormir com hua bura
Sentence s-24 diz q os sancntos q sam abamtasmas e antam trona a dizer q o dizem os trusquos porq se teme dos bõis cristãis q lhe vam ha mão
Sentence s-25 diz c o cazamento q se não fez per bom titulo nem pera acrecemtamemto do gerun umano senão pera velhaquear sem aver fruto de bemsam
Sentence s-26 e se lho deus da q ho ha de matar
Sentence s-27 diz q sabe quem dormim e desomrou hua minina de tres anos
Sentence s-28 diz q em algũas couzas pode o diabo mais q deus
Sentence s-29 não quer q sua molher va a igreia nem reze
Sentence s-30 dizlhe q lhe não quer ver as comtas na mão
Sentence s-31 pormeteu a sua molher de a matar se ela cofecaua pecado mortal
Sentence s-32 e ela como boa cristam e filha de bom varam e de boa cociencia se lhe sair de seu mando so pelo comfesar
Sentence s-33 e eu amtonia leal ando esperado pola boa ora com as ilhargas cheas por iso não poso irme aquzar a esa sancta imquisisam
Sentence s-34 e sou molher q não poso ir a pe nen a bariga me deixa por iso busquei este padre pera acim por minha comsiencia e desemcareguar minha alma ate poder ir a esa sancta caza
Sentence s-35 e se morer ja fiquo desemcaregada sobre a comsiencia deste comfesor

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