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1822. Carta de autor desconhecido para Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga, padre.

SummaryO autor conta ao amigo as novidades.
Author(s) Anónimo260
Addressee(s) Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga            
From Portugal, Braga
To Portugal, Lisboa, Convento de São Francisco
Context

O réu deste processo é um padre franciscano: o padre Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga, preso na cadeia do Aljube. Nos primeiros meses de 1822 a Constituição ainda não fora assinada (só o seria a 23 de Setembro), mas desde o pronunciamento de 24 de Agosto de 1820 o sistema político começara a mudar e a concentrar-se nas mãos dos liberais. Esta situação parecia não agradar ao padre Francisco Braga: este utilizava os sermões das missas que celebrava, em diferentes igrejas, para atacar a regeneração e constituição políticas, a maçonaria, e alertar para a proliferação de sociedades secretas, a conversão de todos os portugueses em pedreiros-livres, as revoltas no Brasil, etc. Algumas cartas incluídas no processo seriam de amigos seus, que lhe escreveram para a prisão. No entanto, vários textos parecem ter sido escritos pela mão do réu.

Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Collection Feitos Findos, Processos-Crime
Archival Reference Letra F, Maço 7, Número 18, Caixa 18, Caderno ?
Folios 327r-v
Transcription Cristina Albino
Main Revision Rita Marquilhas
Contextualization Cristina Albino
Standardization Raïssa Gillier
POS annotation Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Transcription date2007

Text: -


[1]
Rmo Sr Braga Braga 13 de Mayo de 1822
[2]
Temos prezente a sua de 8 do corrte
[3]
Sentimos o mais possivel o não estar ainda em Libirdade pois N S Nos a de ajudar
[4]
pois seu pay não sessa de Rezar para que N S o Libre de seus enemigos
[5]
emfim de tudo que lhe podermos fazer avize
[6]
faley ao Coixo N S premita abante... João Manoel say por estes dias
[7]
por elle mando os Botoins q poder
[8]
todos os Aos que são Liais se lhe Recomendão mto
[9]
Morreu João Bapta Tato se emterra hoje
[10]
bem a Novide morreu Anto Je Antunes mercador da Porta de Santo.
[11]
Os negocios por estas estão mto acuados mas he Geral
[12]
Vezitas de toda a ffa
[13]
não novide
[14]
o João Reloge dis lhe mandara dar o dro nessa.
[15]
elle he capas
[16]
do frade avizei senti o não lhe hir falar
[17]
o Branco lhe darei os Agradecimtos em chegando
[18]
Enfim são Almocreves.
[19]
elle avia de comprar mtas Carnas pa o Cunha que as encomendou quando elle foy
[20]
Eu tenho huma grande porssão que comprey no Porto passa de 100 Duzias mto boas.
[21]
a pena que tenho he o negocio não correr q se correce dePreça as vendia
[22]
Os mais Aos lhe espilicarão alguas sirconstancias
[23]
Nada mais tenho a dizer
[24]
Sou e Serey de S M do C
[25]
as alenternas se andão coidando nellas

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