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[1724]. Carta de Luís António José, alfaiate, para Antónia Teresa de Jesus, sua mulher.
Autor(es)
Luís António José
Destinatário(s)
Antónia Teresa de Jesus
Resumo
O autor pede à mulher que lhe envie camisas e meias uma vez que se encontra fugido da prisão.
Texto: -
[1]
Minha rica Antonia do Meu corasão
peso q me não tenhas a mal o au
zentrame heu desa caza porq o
Azentrame desta sorte he porq on
tete os parentes me quizerão peren
der porque onte vinde eu das gales
De saber adonde morava o escrivão
dos cativos topei com o trador do
Brenardino e nas palavras q
ele me deu entendi q se hia pa caza
me prendia com qd
[2]
Asim peso pelo
Amor de de Ds q te não agastes q
heu sabado q vem que não pode
Cer primeiro escrevo pera a minha
terre pa me vir huma Certidão do
parrico pa com ela acalrar
A minha verdade diente deses senhores por
q se tu avias de ter sentimto e eu estar em huma
prizam milhor he ter pena em eu Andar por
fora q em cudar em hum mes te não hei de
ver se me fas o Meu Corasão em coartos
[3]
e tu
me mandaras a tizeura e mais me manda huma ca
miza das de Bretanha q eu vou fazar as obras a
caza donde esta o ferro emcoanto não chega
a certidão da terra q não pso hair pa com a ca
miza q ca tenho sem q leve outra por sima
[4]
e
me mandaras o Meu chapeo q ja tenho cabaleira
e duas camizas q me ficarão na cama tomaras
conta delas Antes que levem ma Caminho e
[5]
Mandame dizer se temis alguma milhora
[6]
Até a misa ta mandei ente dizer em Santa justa
[7]
e cando me quizeres escerver mandame a carta a
caza do o francisco e mandame humas meias
[8]
e
e com isto Ds te de as milhoras q te dezejo
[11]
pelo mesmo portador me rremeteras
iso q mando pedir q ele me sera an
terge
[12]
e as cartas da ma terr ja me estão
emterges mas inda la não sabem se não
da prizão
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