PT | EN | ES

Main Menu


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Sentence view

[1628]. Carta de [Filipe Leitão], rendeiro, para António Pinheiro, seu tio.

Author(s)

[Filipe Leitão]      

Addressee(s)

António Pinheiro                        

Summary

O autor dá instruções ao destinatário para a condução da sua defesa e queixa-se daqueles que o acusaram.

Text: -


[1]
Sor anto pinhro
[2]
no q escrevo a frca vera vm o q digo
[3]
e assi importa saber daquellas molheres o q digo e do mais
[4]
e veja vm q couzas vẽ a mofinos e a quẽ se acha falta de onrra,
[5]
inporta apalpar o vao os inquizidores
[6]
e se, as molheres jurarão cõtra o q elle jurou digo joão frz jurou, pareceme q bẽ se lhe pode dizer q he vilão o joão frz e q por estar por minha parte avexado, falou e jurou falco,
[7]
e de como estava avexado sabe po gomes q caza o conhece q era o caminhro, e consta por autos q estão beja poder de anto colaço,
[8]
e depois de estar avexado jurou.
[9]
no mesmo escrito de frca digo o q à
[10]
eu comigo tenho ordẽ de dro e o Relicario de frca e outras couzas q as não quis dar a ma andre nẽ ella tẽ nada mais q o q digo,
[11]
vm trabalhe por ver se lhe dão licenca pa me falar, dizẽdo q estão suas sobrinhas peressẽdo e corrẽ Risco suas onrras,
[12]
e fio po da silva de sanpaio q he o snr prezidẽte he benigno ainda q ate agora me não quis dar meza q pedia pa por cotraditas a joão frz e a essas mossas,
[13]
ẽfï snr eu creo q esta prizão não seria por vm
[14]
por amor de ds lhe pesso trabalhe nella,
[15]
e mateus pexoto barreto pode tudo. e mais qoando não a to de judeu, nẽ tos de cristãos novos.
[16]
escreva vm largo ao amigo de longe, sobre o Remedio de sua mai e irmãs. q o mandalas levar he o assertado,
[17]
àtonio pareceme bẽ se va pa elle.
[18]
e sse assi parecer mas q va hũa so camiza.
[19]
não tenho mais q dizer.
[20]
não me venha cama nẽ nada q ainda q velho á des anos q ando trabalhos e sẽ onrra, e ainda o corpo triste e perssegido pode,
[21]
e se não pode possa,
[22]
jhus xpo seja cõtudo louvado. pois estes sres não se cõtentão me darẽ sanbenito, e tomão ditos de vilois Roins.
[23]
vm acuda no q puder
[24]
assi ds o livre. e a todas suas couzas como dezejo.
[25]
do perseguido
[26]
eu não aRecadei nada como meu senão come denunsiador e assi
[27]
e pois não cõfiscação não á sonegado,
[28]
dis frca q tudo se sabe e qoantas voltas dei.
[29]
escrevame tudo q o q for direi e o q não não.
[30]
isto quer segredo q escrevo por canos não cuidados e não ssei qoanto durara.
[31]
queira ds q essas molheres digão a verdade

Edit as listText viewWordcloudFacsimile viewManuscript line viewPageflow view