1830. Carta de José Teodoro Fernandes Sales para João Dias Alves Branco, mestre de fábrica da pólvora.

Tenhas saude he o q te dezejo e mais toda a minha familia eu bom e pronto as tuas detreminacois. Temos Vivido e vivemos anos afelitos pela tardença que tem avido com O oficio sem sahir nada a tento tenpo parece me q ahinda fiquemos sem elle pois o Patife de Alfarella anda dizendo por toda a parte q o Oficio ahinda a de ser delle o houtro foi fazer hus inbargos e dice a hum seu amigo q com aqueles q ja eram tres camadas de inbargos q tinha mendado para Lxa e q tanbem mendara depozitar sesenta moedas e dis tento elle como a molher que o oficio nunca a de ser noso e desconfio q asim he. Agora ve se por algum meio arangas a tirar o inCarte e a compor tudo antes que se gaste o q se gastar senão toda a vida os de Alfarella se han de rir e mais muntos de fora . Deves saver ahonde estam os Papeis parados porq o tal Patife teve hua carta de Lxa em que lhe deziam des q aqui chiguei ahinda não deram os papeis mais nem hum paso Agora deves ver se armas a compor tudo o mais vreve eu tambem escrevi ao Sr Pe Anto o houtro correio a darlhe a mesma parte e asim espero q tu e mais elle dem todos os pasos q for persizo . A respeito da polvora q tu me dezias q me querias mandar quando fose o Claro eu falei com elle elle me dice q hia dia des deste mes como te mendei dizer em houtra q te escrevi mas ahinda não foi quer hir o mais vreve em porem se a quizeres mendar podes mendalla pello seguro pois eu bem a queria antes de hir pa a tera quente pois ca não ha hum gram dela q preste. espero de tudo resposta Aceita recomendacois de toda a famillia e deste q se preza ser teu Ao Vor Cro