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[1619-1621]. Carta de soror Dona Joana Baptista, freira, para destinatário desconhecido.
Author(s)
Joana Baptista
Addressee(s)
Anónimo284
Summary
A autora pede que o destinatário tenha piedade de uma freira que, em seu entender, foi injustamente denunciada. Elenca uma série de factos que atestam ter aquela mulher sido vítima de falsos testemunhos por parte dos seus inimigos. Explica igualmente as razões que geraram o conflito entre as partes.
irmãa do bispo q foi de la lamego era ha q sēpre lhe pe
dia q lese e niso se hocupou ho mais do tēpo vai ne
sa sestinha hũas cõtas de cortisa q lhe ca ficarão
e hua toalha pera ha cabesa e dous lēsos e hũa
camisa porq não levou senã dous farapos
rotos e trita ladrilhos de marmeladas peso a vm
por amor des lhe de iso por esmola e dous arasteis
de cõfeitos de rosa q são bõs pera a saude e mea du
zia de talhadas d abobra porq ela não comia
senão cousas frias por ser mui doēte de febres por
tinha aroquer rozado feito lho não mãda
mas lēbroume q no mosteiro de sãta clara fazē
a madre habadesa dis q lhe deu ar no braso não es
creveo mais a vm por sua mão beija as mãos a
vm mtas vezes e vosa merse tē ca mais parētas
q tãbē se oferesē haho serviso de vosa merse.
dona brãca da silva sobrinha do regedor
e esta cativa de vosa merse dona joana bau
tista pedimos a vosa merse via miziricordia cõ
ela porq ela não tē cõdisão pera escõder nada
mas pode hacõteser não dar cõ quē a culpou
vosa merse olhe mto por sua justisa pera q ve
nha cõ cura pera esta casa de vm. ha quē
noso sñor guarde por mui largo anos como po
de do porto o deradeiro de maio
sor dona joana bautista