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Maarten Janssen, 2014-

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1544. Carta de Mestre António para João da Costa.

SummaryO autor dirige-se ao destinatário dando-lhe conta da venda de diversos objetos e de cobranças que fez em seu nome.
Author(s) Mestre António
Addressee(s) João da Costa            
From Portugal, Lisboa
To Flandres, Antuérpia
Context

Carta pertencente a um conjunto de dezoito cartas quinhentistas existentes no Arquivo Geral da Bélgica, em Bruxelas. Este conjunto de cartas foi escrito essencialmente entre os dias 20 e 25 de junho de 1544 e enviado de Lisboa a parentes e amigos residentes na Flandres. Segundo os dados apurados pelo arquivo onde estão alojadas, estas cartas foram enviadas por via marítima e terão sido apreendidas numa ação naval, nunca chegando à posse dos destinatários. Não se encontrou informação da data em que as cartas integraram as coleções do Arquivo Geral Belga.

A este conjunto de cartas foram atribuídos os códigos que vão de PSCR0125 (carta A) a PSCR0141 (carta R), e à única carta em castelhano do conjunto foi dado o código PSCR6163 (carta D). Na sequência do lote de cartas, existem outros documentos em português, com letras de S a Z.

Support uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Archival Institution Archives générales du Royaume / Algemeen Rijksarchief
Repository Fonds Varia Familiepapieren
Collection Aanswinsten 1979/33
Archival Reference Carta P
Folios Pr-Pv
Online Facsimile não digitalizado
Transcription Tiago Machado de Castro
Contextualization Tiago Machado de Castro
Transcription date2016

Page Pr > Pv

Sor Irmão

/ vosa merçe e da sora minha Irmaã e sobrinha todos mtas vezes nos ẽcomendamos a feytura desta a ds louvores estamos de paaz e de saude as quaes novas semp de todos vos outos ouçamos/ diguo sor q despois q vos de ca fostes tenho aRecadado nenhũa divida vosa sey se por estar desacustumados de lhas Requererdes se po os eu ẽportunar muitas vezes todo aproveyta nada poq manoel frz me dixe q vos lembrava mui mal esa divida q dizies q vos devia q todo vos tinha ja paguo/ dos alãbees tãbẽ vẽ trinta mẽtiras ora me diz q pa a somana os ã de começar despois diz q os que os fazia esta doẽte eu como tenho po onde os demãdar pairo elles voso amigo o malagueyro he o mayor bulRã q ha no mũdo cada dia me diz q amenhã mos dara ontẽ me dixe q vos ficara devendo senã ix Rs ja os queria V aRecadados/ frco anes levou a manilha loguo aquela noite q veyo homẽ eu ja era trinta vezes a casa ate que lha dey pareceme q ho dro do conhecimto poq ficou por fiador da casa dayo pla alma do guato tres anos q tivestes negoceo elle bẽ o podereis aRecadar/ o dos tres cos de londres yodoso ainda q lho queira pedir sey quẽ he/ nẽ sey pa q me leyxastes ca aqlles conhecimtos nẽ ho de dte diz pois lhe tendes dada quitaçã o de guaspar vaaz tenho la ido trinta vezes e o poso achar q esta na sua quinta e se vẽ ca negocear algũa cousa torne se logo a ir/ o voso negoceo vyo mall parado q me obrigou a fazer da neçesidade Vtude ẽtregueyo todo a bastiã de moraes poq me dixe paulos nunez tãta Vtude delle e poq foy a vosa ida apregoada e espãtada q logo a sega fra se pubricou n alfãdega q pude al fazer elle me deo boa esperãca pazera a ds q se fara bẽ ja la he na corte as alcatifas estando ja pa as dar a caixeiro po biij xdos veyo me ds a de parar homẽ q me deo ix xdos po ellas o fato ha quẽ de sal nẽ agoa por elle quato vezes o tenho levado ao pelourinho poq a ida pa evora todo o mũdo vende o seu fato o leyto dei po bc rs a mesa e cadeira Vmelha se aRematou po outos bc rs e a caixa po q davã bc se aRematou iiijc Rs o artibãco e bãquinhos ccx o pote grãde clxiijc rs sousinha/



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