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[1620]. Carta de António de Castro Pinto, cirurgião, para Jorge Fernandes, padre.
Autor(es)
António de Castro Pinto
Destinatario(s)
Jorge Fernandes
Resumen
O autor desculpa-se perante o destinatário e pede o seu perdão. Acusa terceiros de terem tido eles a ideia de perseguirem cristãos-novos.
Sor Ldo pouqua escussa tenho q dar a Vm
da caussa q me cullpa eu vinha mansso e
pasçiffiquo enfadado de miranda q me pos q
estava mall cõ hũ homem e vindo a ese povo
po gomes deste izeda e da nação negoçiou
cõ outros mastiços a velhaquaria pra os ver
foir e dous dese povo fazendome a min
o maiorall aos pressos se a de acodir e aos eros
se a de aver por dois q coão não podera escusar
este enfado q lhe juro ao q jurar posso q mais
q sseria estar toda a vida cõ as pernas cortadas
q a homen de minha sorte lhe suçeder tall moçida-
de prençipallmte boracheiro e o juiz desse
logar cõ tanta cullpa não a tentando mais q o q
eu a tentei Vm por quen e e pellas ordẽs
q ten e sãto tenpo en q estamos faça todo o pissi
vell e eses senhores me perdoen q o da mulla
po gomes: primo de frco de ganboa teve todo mta culpa
e foi o prençipall en meu nome lhe peço perdão
e se for posivell eu irei la pidirlho publiquamte
q q mais quissera não aver nasçido q tal passar por min
q tudo foi pra os ver foir o intento dos conpanheiros não o sei e asi o do
juiz q vinhão en seu favor atente vm q tenho cinquo criamças e so
de bõs paremtes po gomes deste izeda foi o prençipall
deste criado de