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Maarten Janssen, 2014-

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[1587-1588]. Carta de Joana de Mendanha para Ângela de Noronha, religiosa professa.

Author(s)

Joana de Mendanha      

Addressee(s)

[Ângela de Noronha]                        

Summary

A autora mostra-se agradecida e elogiosa perante a destinatária.
Page 220r > 220v

Jhs Maria

Joanna pobre E inutil, serva do senhor; A Muyto generosa E esclarecida senhora dona angala de crasto, E A todos Aqueles, de cujos bens Tiver particular cõsẽtimento seja senpre, vitoria en A milicia desta vida, he oniam he cõformidade A vontade, do Mui alto AMen Ainda q despois, q ho uso da rezão, me deu conhecimento da grande obrigação q tenho A vm Não tenha por esta via, nem por nhe nenhuma otra mostrado, ho oculto he particular cuidado he lenbranca q senpre tive de sastifazer he pagar Aho menos alguma parte desta divida, he obrigação, ho pobre cabedal de minhas Fracas oraçõis; não me parece descõveniente mostralo Agora (Ainda q tarde) Asi pola obrigação q tenho A min mesma de mostrar q Faço ho q devo, como por minhas cousas não Ficarem sem A valia q vm custuma dar por estimar mais (polo zelo q senpre teve As cousas de deos) esta calidade de servicos q outros nhũs q lhe eu posa Fazer en os quais, sen duvida pode crer, q sera senpre de min servida, pois sam de calidade q os não poso provar mais ividencia, he Asi nisto como no mais, nũca esta casa deixou de cõresponder Aho grande Amor (erdado Ja de nosos perdecesores) q teve A vosa m he suas cousas senpre boa polo qual lhe coube, tanta parte do sentimento q vm pudia ter, daqueles casos q noso senhor; Foi servido de Aprovar he de luzir suas unicas he singulares vertudes como pudia caber a do mais propinco devedor q nem pode ter; he isto A parte vm tẽ Muita resão he obrigação de nos tais casos, cõresponder A quem he, servindose he armandose de sua grande prudencia he desquirição



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