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Maarten Janssen, 2014-

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1821. Carta de Francisco de Alpoim e Meneses, negociante, para Francisco António Borba, [seu solicitador].

Author(s) Francisco de Alpoim e Meneses      
Addressee(s) Francisco António Borba      
In English

Instructions letter from Francisco de Alpoim e Meneses, a businessman, to his solicitor Francisco António Borba.

The author tells the addressee how to proceed with a property seizure so that he can obtain a certain sum of money.

In 1822, in the aftermath of the liberal revolution in Portugal, the suspects of a counter-revolutionary coup were prosecuted by the Royal justice. The official version of the coup was described in the 'Diário do Governo' (Cabinet Journal) as the act of «evil anarchists and ambitious conspirators who wanted no less than barbarically cover with blood our happy Regeneration, put our Homeland in mourning, depose the King and take down the House of Deputies ('Cortes')». Five suspects were immediately arrested: Francisco de Alpoim e Meneses, a businessman, Januário da Costa Neves, a knight of the Order of Christ, officer of the Military Ministry of the Army, Manuel Ferreira, a footman, and João Rodrigues da Costa Simões, an apprentice printer.

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Page 13r > 13v

[1]

Amo e Snr Rce a sua q mto estimarei; e vejo o q me diz

[2]
a respto da pinhora; acho tudo mto acertado; mas lem
[3]
bro-lhe somte q os generos q pinhorou não podem che
[4]
gar pa pagamto da divida, pelo preço actual delles;
[5]
pois q sendo esta de trezentos mill rs o producto dos ge
[6]
neros embargados julgo q não chega pa isso; porem
[7]
o remedio he facil fazendose novva pinhora, no cazo
[8]
de não chegar. O meu Procurador no Porto, he João
[9]
Ferra de Nováes Ribro, ao qual escrevo hoje pa q se cor
[10]
responda com Vmce, se assim for percizo; portanto
[11]
sendo necessario pode dirigir-se a a elle, e se Vmce poder
[12]
remeterlhe 2315 em porte da Executoria q elle tirou
[13]
no Porto, me faz nisso favôr, pois q eu o não posso fa
[14]
zer por óra pela falta de dinro em q me acho como
[15]
Vmce bem sabe Se o Corregedor nos fizer ahi alguma
[16]
injustiça queira Vmce avizar-me logo pa eu me quei
[17]
xar ao Regedor das Justiças, q he meu Primo Fer
[18]
nando Afonço Giraldes.

[19]

Emqto aos Recibos q ma cunhada diz q tem

[20]
na sua mão pa se lhe abonarem, he uma evidte im
[21]
postura; pois antes pelo contrariario ella tem de menos
[22]
dous recibos q eu lhe devia passassar, de vinte mil rs ca
[23]
da um q remeteu pa aqui ana minha Irmãa pa
[24]
ella me entregar, como por mtoto favor; e como me não

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