O autor informa o destinatário de que está a par da sua prisão e promete-lhe desenvolver esforços para o libertar.
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Ontẽ a tarde estive emte hũa ora di noite esperamdovos
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[2] | pa aquele negosio com ho mesmo homẽ e espantado de fal
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[3] | tardes e fui ter com fernãodo nunes e me disse que não avieis i
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[4] | do la o que me deu mto cuidado e asim tratei que manda
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[5] | sẽ a vosa pousada saber de vos que como vos recolheis
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[6] | tarde e eu o não sabia por iso não fui eu mesmo= oje
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[7] | pela menha logo fui ter com fernãodo nunes e me dise
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[8] | como estaveis preso nesa cadea da corte o que me deu
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[9] | mto cuidado que vos prometo que o senti mto e me
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[10] | deu o voso escrito pelo qual conheso não he cousa de
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[11] | cuidado vosa prisão e nele diseis vos va falar eu fui
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[12] | logo e fui tão desgrasado que estava ai o algoacil
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[13] | que me quer prender pelo alquiler da casa como vos
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[14] | sabeis e por esta ocasião não emtrei mas não fas isto
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[15] | o eu não acodir com todas as veras a vosa liberdade
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[16] | fernãodo nunes e aquela senhora me diserão que lhe man
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[17] | dareis diser que a vosa prisão he sobre as palavras que
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[18] | tivestes em segovea com ho omẽ que esta preso e que
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[19] | o que vos andava segimdo o devia faser e a eles lhe
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[20] | pesara como vos no voso escrito diseis avisaime de tu
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do o que nisto ha e d onde vos temeis que posa vir pa que
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[22] | eu saiba o que ei de fazer= ai vos mando os seis reales
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[23] | não vos de cuido que eu ei de vemder a capa e quan
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[24] | to tiver emte vos por na rua. e asim não falta mais que
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[25] | avisardesme pa que eu fasa negosio por todos he
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