O autor queixa-se ao destinatário das muitas e injustas perseguições de que tem sido alvo, movidas por um capitão-mor.
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[2] | Sr Conpadre Anto Guedes Soutto Mayor, Capitão e morguado
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[3] | de Marzuagão, gde deus a vm etca
mto sintindo me parto sen me ser posivel verme
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[4] | pessoalmte con vm mas he força de negoçio pe
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[5] | lo q figuo desculpado, pois fui tão
pecãtte q fui
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[6] | guanhar onrra e credito tão longe pa tudo vir per
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[7] | der ha esta ingratta pattria onde sou tão persi
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[8] | guido e tão injustamte como ds e todo ho mũndo
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[9] | bẽ sabe, e isto no mais de porq cay da graça
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[10] | de Anto de moraes, per lhe não poder dar ha
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[11] | minha iggra de Zedes e me tem tanto tomado
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[12] | a sua contta, q como he publiquo e notorio con seu
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[13] | poder de capitão mor me veyo afronttar a minha
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[14] | cassa e fazer soada de noitte con suas insignias
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[15] | e motinando todo estte povo, e trasendo mta gentte
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[16] | e soldados Armados e con seus irmãos so a fim de
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[17] | me afrontar e matar o q sen dúvida fizera se
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[18] | ds me não defendera de sua ira e trasendo
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[19] | pa isso con seu poder te has justiças de sua
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[20] | magde q ds gde per mtos annos amẽns e virme
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[21] | çerquar a minha cassa e abalcroarme has portas
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[22] | e maltratarme minha irmãa velha e des-
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[23] | possada, e prẽderme meu sobrinho, e guavã
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[24] | dose per mtas veses e en pco q se ele não vie
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[25] | ra a minha cassa o não prẽdera nẽ buscara
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[26] | q somte per me afronttar o fazia, e não con
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[27] | tente cõ isto me fez tantas injurias como foi mandar
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[28] | me matar per seu irmão joão de mesqta e qdo
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[29] | viu q ds me defendeu, me fez prẽder sen ter
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[30] | ordem de meu prelado nẽ eu ter culpas Al
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[31] | guas e me fez trazer pelas porttas a vergonha
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