O autor conta ao amigo as últimas novidades, nomeadamente sobre o ultimato do seu irmão para que fosse para Angola ou Índia.
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Ao e Snr do C Saberá q segunda fra me mandou
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[2] | dizer meu Irmão pelo Bmeu q eu lhe disera a elle
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[3] | em Queluz dia dos anonos d el Rei q era precizo ver o ca-
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[4] | minho q eu avia de ter; e q como lhe respondera lhe daria
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[5] | a reposta a S Exa, me mandava dizer q escolhese hir ou pa
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[6] | Angola, ou para a India para asim requerer o que eu
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[7] | quizese: Fiquei eu pensativo; mas não por muito tem-
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[8] | po, porq logo me descubrio o do Bmeu q o q Bisconde lhe
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[9] | tinha dito fora, q era tempo de eu sahir, e q não havia de
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[10] | estar sempre prezo; e q o meu Irmão o mandar-me fazer a
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[11] | quela escolha, era para ver se eu cahia em escolher al-
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[12] | güa das duas partes, e elle com a ma Carta fazer requeri-
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[13] | mto fingindo ser ma vontade, e pregar-me o calo; porem
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[14] | eu meditando nisto escrevi-lhe e mandei-lhe dizer, que
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[15] | nem pa huma, nem para outra parte queira hir; pois eu não
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[16] | tinha cometido couza para me Castigarem: Foi a Car-
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[17] | ta, e Bmeu e logo hontem 3a fra pela manham veio o do
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[18] | Bmeu outra vez com hüa Carta de meu Irmão onde
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[19] | me dezia, queria saber a vida q eu queria seguir, para Com
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[20] | a dita reposta falar ao Bisconde: Acabei de Ler a Carta
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[21] | e virando-me pa Bmeu lhe dise q estranhava a aspereza
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[22] | do recado q me trouxera, e a brandura da Carta Com elle me
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[23] | escrevia: respondeo-me Bmeu q meu Irmão ja não falava
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[24] | em Angola e India, e q me mandava dizer queria saber
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[25] | o estado q queria eu seguir, fosse o q fosse ou Clerigo, ou fra-
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[26] | de ou sentar prasa; e q meu Irmão andava com seu re-
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[27] | ceio q a Rainha me mandase soltar: Com estas informaso-
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[28] | ens, fiz a reposta a meu Irmão, onde lhe mandava dizer, q
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[29] | como elle dezejava saber a vida, que eu queria seuguir devia
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[30] | supor, q queria lhe falase sinsera e verdadeiramte, e q nes-
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[31] | ta já era obrigado a dizer q a vida q queria seguir era
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[32] | a militar, e q perdoa-se elle se eu o não obsequiava na ma
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