O autor queixa-se da perseguição movida pelo próprio pai e defende-se das acusações que este possa ter feito a seu respeito. Receando as consequências que o destinatário e respetiva família possam sofrer por sua causa, declara romper os esponsais.
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Snr Sargto mor João Bapta Diniz
Tem parido hũ Laberinto o meu particular com vmce pois a
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[2] | sim que a este Porto cheguei logo atraz veyo o menino
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[3] | Jozé por mandado de meu Pay dizendo me não lhe
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[4] | apareçeçe nessa va nem em sua caza de que fiquei
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[5] | baste sintido ao fazer desta chega o mulato por qm
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[6] | dena meu Pai me diga ja me espulçe deste sitio pa
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[7] | fora e que me não quer em sitio nem caza sua hũ só
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[8] | instante e que sertamtes escreve ao Mayor e o Sr Gene
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[9] | ral fazendo toda queyxa possivel pa asim
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[10] | me hir em hua corrente pa S Paulo e nesta terra
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[11] | me veio atros, loco, e variado, e melhor sera darmos por
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[12] | acabado tudo E eu ficarei pior q hũ negro por
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[13] | que vendo-me de todas as partiz perçoadido não
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[14] | posso tal i ss eu o comsiguir e
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[15] | não há papel em q possa esplicar o cuanto meu
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[16] | Pai tem dito e sendo tudo q asima digo realide inda
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[17] | tenho os banhos em meu Poder e me consta tar
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[18] | nessa va ja corrido o q Ignoro por ter dito ao Sr
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[19] | Capam Anto Jozé o não mandasse correr sem de cá
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[20] | irem pronptos; não cauzando o que se tem falado a vmce
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[21] | e a sua pobre caza algua desonrra que
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[22] | o primita dezejo fique tudo metido ao silençio
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[23] | pa sempre pois confesso a vmce não ser couza
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