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Maarten Janssen, 2014-

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1817. Cópia de carta de Francisco Quintino da Cruz, mestre de iate, para Manuel Antunes, negociante.

Autor(es) Francisco Quintino da Cruz      
Destinatário(s) Manuel Antunes      
In English

Copy of a request letter from Francisco Quintino da Cruz, a yacht master, to Manuel Antunes, a trader.

The author begs the addressee to stand by him and protect him from the fury of the author's employer, partner in business of the addressee. He tells him that only the thought of his two children have prevented him from killing himself. He also promises to help to recover a business loss, caused by his behavior.

António Ribeiro Pessoa was a trader who owned a yacht. His yacht master, Francisco Quintino da Cruz, should go to Almería and back for cargo trading, but he went to Gibraltar instead, sold the cargo and hid himself. António Ribeiro Pessoa succeeded in having him arrested when he came back to Lisbon. In the instructions letter that António Ribeiro Pessoa initially gave to Francisco Quintino da Cruz along with the yacht, there was a list of the latter´s obligations. He was to leave with rice, olive oil and wood and it must bring back esparto grass, fennel, cumin, Alicante raisins and brandy.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Texto: -


[1]
Bordo onze de Fevereiro mil outtocenttos e dezassette Senhor Manoel Antunes
[2]
Quando vossa Merçe me apareçeu com o Pattram fiquei satisfeitto
[3]
fiquei de alguma De alguma forma consullado porque enconttrei em ambos o que he proprio das suas nobres almas
[4]
veio segunda ves o Pattram e me deixou ahinda descançado
[5]
porem hoje onze do correntte que veio terçeira ves me deixou nas maiores angusttias de aflição que nem pude jantar
[6]
tudo aborreço
[7]
nem gosto que me fallem
[8]
e andando a passear com a mi Com a minha afliçam sobre a cobertta destte Hiatte tenho tido impettos de atirar commigo ao mar para nam sofrer maiores tormenttos de afliçoens
[9]
porem a reflexam de dois inoçenttes filhos me acordaram que escrevesse ao Pattram e tambem a vossa Merçe para que nam faça atear o fogo que tenta queimarme
[10]
anttes sim na prezenca Na prezença do Pattram faça de bom Padrinho para que com tranquellidade vamos a tratar de recuperar os perjuizos
[11]
Vossa merçe nada enteressa em concorrer para perder hum Paỹ de famillias dezemparadas e innoçenttes
[12]
he proprio das almas nobres valler aos aflittos
[13]
se o Pattram esttes primeiros lançes Lances da sua paixão me perder depois nam puderá vallerme
[14]
e nem ficarei capas enttam de ser bom para mim nem para outtros
[15]
Vossa merçe ja foi e he ahinda tambem meu Pattram
[16]
eu sempre a vossa Merçe dei boas conttas
[17]
nada mais lhe digo senam que se compadeça de mim que faça com que vamos tentar Tentar huma viagem para recuperar o perdido
[18]
e eu farei tudo que vossas Merçes me ensinarem
[19]
e nisto deve vossa Merçe enttenderme que eu posso fazer tudo com belleza
[20]
e vossa Merçe he Paỹ e tem filhos
[21]
e nada entteressa com a minha perdiçam
[22]
e os afllittos he que perçizam socorro que he quantto lhe pede
[23]
Seu Amigo aflitissimo Aflitissimo F Q da C

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