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Maarten Janssen, 2014-

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1805. Carta de Manuel de Miranda, homem de ganhar, para José de Faria, fazendeiro.

ResumoUm criado escreve ao patrão na tentativa de se ilibar do furto de que foi acusado.
Autor(es) Manuel de Miranda
Destinatário(s) José de Faria            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Barcelos, Vila Franca
Contexto

José de Faria declarou ter sido roubado pelo seu criado, Manuel de Miranda, de uma grande quantia de dinheiro que estava escondida num saco de cevada. O criado escreveu ao amo dando notícia de várias desgraças que lhe tinham sucedido. A carta, segundo o amo, tinha por objetivo jogar a favor da ilibação do criado.

Suporte uma folha de papel dobrada escrita nas duass primeiras faces, e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra M, Maço 117, Número 38, Caixa 260, Caderno 3
Fólios 3r-4v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Clara Pinto
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Sr Joze de Faria
[2]
Meu prezadissimo Ao da ma maior veneracão.
[3]
Estimarei mto a sua saude e da sr Roza pois a ma fica ao seu dispor para quanto me determinar
[4]
Dou pte a vmce q a primeira noticia que tive Logo q dezembarquey no biato Anto foy que estava meu Irmam sopultado aonde fiquey Inteiramte sem saber quaze pte de mim
[5]
cheguey as janellas Berdes a Caza de minha cunhada e lhe pedy a chave da Caxa para ver a minha Roupa em que termos estava e achey toda cheia de Bollor
[6]
tão somte achey sem deferenca alga huma jaqueta desa La gorssa e hum colete e a mais toda perdida aonde comissei a ter Razoens com ma Cunhada aonde apareçerão dois morSegos e me levaram prezo
[7]
ando agora a Excutar Com ma Cunhada pa ella me dar hum Ralojo que meu Irmam me dexou no seu Testamto e juntamte por via de dois pares de fiBellas q me faltaram na ma Caxa pois eu a achey aberta sem saber quem abriu e minha Cunhada nega que a não abrira
[8]
e portanto quero ver se passo a apanhar alguns fatos de meu Irmam com que Me pague de alguas Couzas pois eu me acho mto duente em termos de hir pa o Hospital
[9]
e Com isto não emfado mais a Vmce
[10]
e aDs athe a vista
[11]
deste seu mto Vor e C Lisboa 5. de dezbro de 1805 Manuel de OLivra

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