Contexto | Processo relativo a Diogo Pinto de Fonseca, advogado, natural da Covilhã e morador em Lisboa. Foi acusado de "viver segundo a lei de Moisés": relacionava-se com pessoas judias, comemorava o dia grande em setembro e não trabalhava às sextas-feiras à tarde nem aos sábados. No dia 23 de maio de 1687, preso na cadeia da Inquisição de Lisboa, o réu foi encontrado morto. Suicidou-se, enforcando-se com uma gravata. Após a sua morte, procedeu-se a um inquérito e à defesa e acusação da memória, fama e fazenda. No acórdão final, o Santo Oficío declarou que o réu "viveu, e morreu em seus erros". Foi considerado um herege, e, como tal, os seus bens foram confiscados e o corpo entregue à justiça secular. A maior parte da família de Diogo Pinto de Fonseca vivia em Espanha, em Zafra, incluindo um irmão, Jorge Pinto de Fonseca, que passava também algum tempo em Bruxelas. As outras cartas aqui transcritas (PS6044, PS6046, PS6047) foram apreendidas a Jorge Pinto de Fonseca e enviadas à Inquisição de Lisboa pela Inquisição espanhola. |