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Maarten Janssen, 2014-

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1825. Carta de Joaquim José do Carmo, sacristão, para Manuel Madeira Margote, procurador do concelho.

ResumoO autor escreve uma carta falsa, em nome da mulher do destinatário, pedindo que entregue algum dinheiro ao portador.
Autor(es) Joaquim José do Carmo, o Bolinhas
Destinatário(s) Manuel Madeira Margote            
De Portugal, Vila Viçosa, Monforte
Para S.l.
Contexto

José Joaquim, 22 anos, de alcunha "o Bolinhas", era sacristão do Convento do Bom Jesus, em Monforte, e foi acusado de furto e ofensas corporais por Manuel Madeira Margote, procurador do concelho daquela vila. O juiz apurou que o crime se deu da seguinte maneira: o réu escreveu ao queixoso uma carta, fazendo passar-se pela sua mulher, que se encontrava no Alandroal a tratar de um filho doente, e deslocou-se a casa do queixoso, por volta da meia noite, dizendo que tinha uma carta de sua mulher e exigindo resposta imediata. Manuel Margote teve, assim, de ir buscar uma candeia, a cuja luz o réu pôde ver de onde o queixoso tiraria o dinheiro para lhe pagar. Quando se preparou para dar o dinheiro a José Joaquim, este brandiu um punhal e exigiu-lhe todo o dinheiro, apunhalando-o de seguida e esvaziando o conteúdo da gaveta. No entanto, o que estava nesta gaveta não era dinheiro, mas papéis avulsos que Manuel Margote ali guardava e que acabaram por ser encontrados, ensanguentados e junto ao punhal, em casa de José Joaquim, que confessou tudo e foi preso pelo crime.O processo tem um desenho do punhal no fl. 6 do cad. 2. A carta foi reconhecida por escrivão.

Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 120, Número 7, Caixa 322, Caderno [2]
Fólios 4r-v
Socio-Historical Keywords Teresa Rebelo da Silva
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Liliana Romão Teles
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Manoel,
[2]
Estimarei a tua Saude
[3]
eu vou pasando munto malle
[4]
eu resebi a tua Carta
[5]
pela notisia que me das de gaspar helle inda esta vivo
[6]
a tres dias que não bota sange máis está munto abatido
[7]
vais o Comvento dar notisias as mannas porque an de estar munto aguniadas
[8]
Traslhe muntas vesitas a todas a mana emgelica e a Catherina
[9]
Manoel ahi vai eise portador deischó llá dromir em Caza
[10]
as de lha pagar hum cartinho
[11]
Manoel Com isto não emfado maist
[12]
desta tua Molher e que munto te quer e a cucha te dezega para meu emparo de teos filhos

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