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[1818]. Carta de Joaquim Norberto Ferreira de Mures, escrivão, para Ana Augusta Ferreira de Mures.
Author(s)
Joaquim Norberto Ferreira de Mures
Addressee(s)
Ana Augusta Ferreira de Mures
Summary
O autor escreve de novo à irmã, Ana Augusta, dando-lhe instruções sobre o cultivo da terra e sobre como proceder no caso da égua morta.
Text: -
[2]
Ontem 21 do Corrente Abril Re
cebi hua tua q troce o Anto Costa
e antes della ninhua Nem
nem do Cappam e neste instante
perguntei ao Criado do Prior se
eu tinha algua Carta no Corro
[4]
não sei o q isto
hé ou prq não me escreverão ou
porq as Comerão nece Corro
[5]
eu
logo q aSignei te escrevi e ao Eli
zeu e já depois outra Vez ao
Elizeu
[6]
elle deve pedir Com Jqm
Gregorio, nas quais Recomendava
q concluices o ajuste Com Sufia
e concluindoce Só Semiases tri
go na q não tenha esterco por
q onde o tenha sera pa milho
na naca
[7]
I nessa hir Semiando
com mto ristulho ahinda mmo on
de ja tinha algum porq hera
pouco
[8]
botava dondhe mais Se
tivece chovido as terras da Quelfa
de Prastos
da Quelfa e Pouzio, e q no Quintal Se
devia cavar a montes pa aquelles Citios
muis baixos e deixar istar asim athe
hir pa Se aRanjar a ma vontade.
[9]
E mais
recomendava q o Elizeu porqto Só he
q devia dar dinhro pois estou forte de
o gastar.
[10]
E que tendoce pago a Je Luiz
o Capm o devia chamar e a mer e o mmo Capm fa
zer hum aSignado onde o homem deve
aSeignar
[11]
e a Rogo da mer o mmo Cappm chamar
duas testemnhas q aSignem de Cruz
[12]
Qto aquelles Ladroens nada mais tem
lugar pa ficar tudo bem aRanjado, e elles
menterozos,
[13]
mas isto já já antes q eu
va pa qdo eu for ja ser publico nesa
Va e não pensarem q he coiza arma
da por mim o q deves fazer ou dizer
o q se segue esperes de modo;
[14]
Hum des
tes dias veio aqui hum homem ou mu
lher de S Jorgue procurar meu Mano
pa q lhe arrendace as terras E da Quel
fa a qm Respondestes q eu tinha vindo cá pa
sima,
[15]
e então te falou q a tem pertinho
pois acho ahi bons homens com humas
com humas Egoas q lhe pareseu serião
fortadas por deixarem ali perto do tal
lugar de S Jorgue hua das tais Egoas sem
fazerem mais cazo della, e nem ao menos
precurarem na ou mandarem, onde
a q morreu ou a puserem morta logo q
delles ahi pacarão com ellas, e nem ao me
nos Recomendarem na, e por isto he q ajui
zou serem fortadas.
[16]
Visto do q pen
sando tu foce aquella q aquelles de
zavergonhados dicerão me tinhão en
tregado per ico Repergontastes o lu
gar onde tinha ficado morta e q então
te dice hera junto ao Rio mmo defront
da Capella de S Jorgue dentro de hua
Quingosta onde mto bem se ve a o
cada que hé da tal q elles deixarão.
[17]
hora
esta converça devella ter ou Com o Eli
zeu q julgo milhor ou Anto Migueis ou Thiotonio ou Com Sugueito
a qm tu peças Vá exeminar se hé Ver
dade o q te dicerão
[18]
pois sendo esta
conhecido ser mentira o deixarem a em
tregue, e exeminado isto qm o for exemi
nar deve subir asima a S Jorgue
e Reperguntar de qm seria hua Egoa q
ahi apareceu morta e em q tempo e qm a
deixou pa se conheçer qm foi q a deixo
qm foi q a deixou e athe mmo a Cor q ti
nha
[19]
isto deve ser já já e então se de
ve fazer publico q os ladrons deixa
rão a Egoa morta e q em disfersa
cem dizer a verde q elles em Pombal
tinhão pacado com duas Egoas,
[20]
depois
então dicerão q me tinhão entregado
a q faltava, tão publico se deve fazer
q athe ao CappmMor ou a qm estiver ser
vindo pa o partecipar ao Corregedor q
a Egoa q dicerão me emtregarão a deixa
rão morta em tal parte;
[21]
isto pa evitar
procedimto e pa seu dono Vir ao Conhe
cimto da verde e pa depois ser parte
a tais ladroens q eu concorrerei pa
ico Etc
[22]
Deves dizer q não sabes por
nome a pecoa q tal te declarou, e q en
ti foi esquesimento o não perguntarlhe por
seu nome pa aquella mma pecoa hir mos
trar o sitio onde ficou morta
[23]
jolgo
faras isto como digo e entenderes mas
antes q eu Vá bem sabes q estando
eu ali dirão q fui sabedor e por este
modo tem todo o lugar, e nada mais
a tem
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