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1820. Carta atribuída a António Maria Vidal, acusado de ser salteador, para Ana Joaquina, lavradora.
Autor(es)
António Maria Vidal
Destinatario(s)
Ana Joaquina
Resumen
O autor, sob nome falso, ameaça Ana Joaquina pedindo-lhe dinheiro.
Texto: -
[1]
Illma
Snra
D
Anna Joaquinna
[2]
trecero pe-
ditorio q se pede ao espozo da
Snra sobre o filho
do
Coronel da Cava ja defunto
[3]
Pede o Padrinho ao
Snr Dezembargador
Dor
Joze Cardozo Comiçario em chefe do Exer-
cito e
Jumtamte aos Seus dois companheros
q
se emtreção pello
mmo
q he Joaqm
Caitano
dos Stos Quintellas e outro he
Fernando An
tonio da Silvera Brandão por ver a imnocen-
cia
dos trabalhos achandoce Juntamte
[4]
aballando
elle
em dia nove do mes qdo lhe emputão o del-
lito
desta Côrte com a qta de Outenta
Muedas
e hum Billete de trinta mil reis pois dizem-
me
q fora prezo pur sua
ellustria e como se
lhe tem pedido o
perdão porq o não preciza
mas querião Junto ao
Comcelho pa ser Solto
[5]
pois
q
mto milhor lhe era ter feito o
q se lhe
tem pedido sendo aSignado pello
Juis de
Fora dessa Va ou por outro qualquer
q seje
[6]
e
estes tres
Snrs estão
pronptos obdecerem á Snra
e pello
Seo Coração mais piodozo
[7]
ainda q elle
teve a
perda q teve nada he com a
Snra
[8]
qm
a de pagar a perda a de ser esse Jacobino
do
orive q armou pella denuncia
q quizerão dar
delle
atrazadamte por cortar a Sarrilha á
Mo-
éda do Real
[9]
Snr este perdão
seje dado com
tempo q não chegue a voto de cer
cumpri em
comcelho por qm fica mal he a
Snra podendo ficar
bem
[10]
e
tãobem sendo precizo algum empenho
pa qualquer couza q seje
[11]
não tem mais q pro-
guntar em
q bairo mora
[12]
a
qm se lhe oferece e
qm lhe
tem escripto não he da
mma Caza pois agora
he
q lhe mandi escrever
[13]
como me dizião
q não
era precizo eu escrever
porq ja lhe tinha escrip
to e a decizão
q avia estar nos atos agora escrevo
ao
chefe e me rrespondeo q não pode ser solto
sem
paçar pellas armas de hum comcelho
de Guerra publicandoce o perdão
q esta pa se
publicar
[14]
tem q lhe dar todos os dias o
q sua Magestade
Mandar e a
qta
q eu lhe pedir de cada hum dia
q o Su
plicante tem estado prezo não tendo
dado o perdão
[15]
e tendo dado ja não tem nimguem q
dizer nem
lei q u oubrigue e
qdo mais sedo Milhor.
[16]
Lisboa
15 de Janro
deste Seo Vor
Joaqm Caitano dos
Stos
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