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1825. Carta de Fradique Loureiro, criado de servir, à sua amada.
Autor(es)
Fradique Loureiro
Destinatário(s)
Anónima4
Resumo
O autor defende-se perante a amada de acusações que julga injustas.
Texto: -
[2]
mto Estimo a sua saude e da
sua Mei e da mais famillia da
Casa pois a ma he boa pa e
tudo lhe dar gosto
[3]
ma Crida
tenho pezar de não poder
aparçer nesta Rua pur via do
ferrão que me quer armar hu-
m Crime
[4]
pois tudo Com mintir-
a que eu lhe farrei huma fa-
cada numa Besta
[5]
pois tudo
he pur via do Bariga de Bixo
do Cachiro que me quer pren-
der e deitarme pur huma B-
arra fora
[6]
pois eu Como não
tenho Crime Algum não me
temo de nada deste mundo
[7]
pois eu quero ver nu que histo
para que se for contunuando
que me queirão prender eu pego
e mim e vo aSentar praça
nu Rigimento de Cavallaria
N 1 da Alcantra
[9]
apezar de eu hir
morrer o Cais de tongo vinho
aqui quando helle Estiver
atras a porta pa dentro
ferrolhe hum tiro
[10]
e conte
helle Se me fizer hir a
Catibar que eu Veiga que não
tem rremedio Conte que o ferrão
não devo 8 dias
[12]
mas Conte que se ha
de Lembrar que fas huma
Criença que não tem barba
[13]
se eu fizeçe Mal Alguem po
dia eu ter medo;
[14]
ma Crida
hes aqui o que se paça he hes
te Dias
[15]
fara mtas Saudades á
sua Mei e as meninas
[16]
e as
minhas pa Comsigo não tem
fim
[18]
se eu for asantar praça me
paçarei aqui Algumas vezes
mas não Venho Ca sem vir
fardado e Com heste
[19]
e Vome fazer desgraçado q
Conto não me aCabo de ca
zar
[21]
mesmo aSim quero ho Con
çelho Seu
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