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1822. Carta de autor desconhecido para Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga, padre.
Author(s)
Anónimo260
Addressee(s)
Francisco de Santa Rosa de Viterbo Moreira Braga
Summary
O autor dá notícias ao destinatário e pede-lhe que o avise se precisar de dinheiro.
Text: -
[1]
Rmo
Sr
Pe
Mes Braga
Braga
6 de Maio de 1822
[2]
Temos prezente a sua de 30
[3]
vejo a boa suciedade dos
compos
e do bom
tratamto
[4]
tudo nos conçola pello dizer mas a
nossa
affelição e Paixão so N
S a save
[5]
o que lhe dezejamos he
q
se ponha em alibio; ainda
q nesta mtas
pessoas q gostarão
q
isto querendo N
S tudo se lhe agradecerá a seu tempo;
[6]
morrer
sempre pella Nossa Santa Ley e Relegião;
[7]
ora o João Relogoeiro
todos os correios bem conssolar seu Pay e a todos
[8]
o
Fr
Telles me deu
1760 rs
q lancey em sua conta;
[9]
elle esta
mto triste já não dá tan
ta
anda depois da sua Prizão;
[10]
o que lhe Recomendamos toda a
cautela em toda a sirconstancia
[11]
Ora se precizar de Dinheiro
avize
pa dar orde pa o
Porto;
[12]
o dinheiro serve pa
as oca
zioins e não se deve poupar,
[13]
eu se não tivece o girio do
meu
negocio, e q tivece
qm me fizece as mas
vezes já marchava a essa
cide a fim de o aleviar, e Andar mas me agradeça a boa
Vontade
[14]
Emquanto aos Botoins pello primo
portador os Remeto não
mandando o contrario;
[15]
emqto ao Bilhete da Lotaria quando
poder;
[16]
As
alenternas se anda Coidando nellas Com
Exzatidão;
[17]
Eu não lhe escrevy o Correio
passado prq no 1º foi
ao
Porto e Logo no dia 2 souve do diario da sua Prizão;
[18]
fiquei de
tal sorte q me deixey de Negocio e Logo
marchey pa Caza pois
foi mais o vezinho Cappam
athe nem esperey por elle;
[19]
elle sente
bastante e os
aos liais;
[20]
Emfim como Não Pregou contra o
O Nosso Augusto Congreço, não tememos; pois o devemos
Estimar
[21]
Ora Eu mando Hoje huma Procuração, em
seu Nome pa
mandar estebalecer a hum procurador
deça cide
[22]
e
vmce faça o q lhe avizar
o Meu Ao
Anto
Joaqm Machado
de Leiria pois me apellou a minha
exzecu
ção pa a Rellação, porque o juis de fora de
Orem
quer q as terras
se ajudique,
[23]
e eu não me fas conta senão
o pagarme pellos ARendimentos, pois eu
não o posso de
zemparar q a Divida passa
com as custas de 400$ rs
[24]
a
sim lhe pesso
q faça da sua parte o
q lhe avizar o meu
Ao de Leiria que hoje lhe
avizo, e que lhe escreva pa
essa
cide em direitura ao Convento,
[25]
e
vmce
mto bem save
q me não faz conta a ajudicação
porq tenho de dezembolçar
asima de 150$
rs e isso não faz conta nem antam quero as
terras
[26]
Ora eu tenhome Lembrado o dar a metade da divida a Divida
publica,
pa o Estado saver a Injusticia do Juis de Fora
que
me tem feito e o q os Escriboins me tem
Comido,
[27]
pois se não
sahir a meu favor Nessa relação
pa se aRendar emtão sempre
dou ou a metade ou
tudo ao Estado, pois não quero que diga
o Meu devedor que eu o dezemparey
[28]
Nem
elle a de comer
nem Eu
[29]
Vezitas de todos os Aos
liais e de toda a
ffamellia;
[30]
espero em N
S as boas Notissias a
a seu Respeito;
pois de hum corro ao outro nos parece annos
[33]
aVize se foi emtregue
desta que bay em
direitura
ao ComVento
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