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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

1827. Carta de José Matias Monteiro, soldado, para Francisco Marques da Silva.

ResumoO autor pede auxílio financeiro a um amigo.
Autor(es) José Matias Monteiro
Destinatário(s) Francisco Marques da Silva            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Neste processo era queixoso José Matias Monteiro, soldado do Batalhão de Caçadores n.º 8, e réus Nicolau Tolentino Monteiro e António dos Santos Monteiro, irmãos mais velhos do primeiro. José Matias Monteiro acusou os irmãos, aparentemente seus rivais, de se apropriarem de uma petição, em seu nome, na qualidade de Administrador da Sisa das Carnes. As pretensões dos irmãos iam, porém, mais longe, chegando à pressão, sob ameaça, para José Matias Monteiro abandonar a sua amada. O conflito que se gerou em torno desta última exigência conduziu a episódios de grande violência entre os envolvidos, bem como ao sequestro de José Matias Monteiro. Apesar de inicialmente malsucedidas, as tentativas de evasão do cativeiro acabaram por resultar em libertação. Foi a partir do quartel, onde finalmente encontrou ocupação, que José Matias Monteiro instaurou este processo, no âmbito do qual se queixou, não só dos factos referidos, como da apropriação dos seus haveres por parte dos acusados. No decurso de todos estes acontecimentos, escreveu diversas cartas a conhecidos seus, a seus irmãos e à sua amada.

Suporte meia folha de papel dobrada escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito no verso do segundo fólio.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra N, Maço 3, Número 12, Caixa 6, Caderno [1]
Fólios 47r-48v
Transcrição José Pedro Ferreira
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização José Pedro Ferreira
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Texto: -


[1]
Amigo Marques
[2]
Em primeiro lugar tenho a pedir-te que no caso de seres perguntado por qualquer pessoa que Seja; do estado de nossas Contas digas sempre que estão saldadas, respondendo a tudo a meu favor, e nada dos nossos particulares que de maneira alguma deves diser, o que tudo espero de ti.
[3]
Eu estou doente fisicamente, e moralmente, e por isso não hirei as Sete Casas por estes oito dias ou mais se fôr necessario,
[4]
por isso como não saio, fim de aranjar as minhas causas, n'esse cazo devo-me valêr de algum amigo e a ti te acho capaz.
[5]
Eu estou ligado a úma despesa diaria, mâs particular a que não devo de maneira alguma faltar,
[6]
e como não saio não posso faser os meus aranjos.
[7]
por isso pa não faltar encarecidamente te pesso me mandes pelo portador úma moeda em papel, o que espero não faltes.
[8]
Se a minha impossibilidade continuar decerto te hei de tornar a importunar, e espero que para valeres a úm amigo me sirvas
[9]
N'isto e no mais Segredo = fico esperando o que peço
[10]
Teu amigo obrigmo Jozé Mathias Montro C em 8 de Maio de 1827

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