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Maarten Janssen, 2014-

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1770. Carta de João José Baptista, sargento, para a Inquisição de Coimbra.

ResumoO autor pede que a sua certidão seja remetida para o Tribunal do Santo Ofício.
Autor(es) João José Baptista
Destinatário(s) Inquisição de Coimbra            
De Portugal, Tomar, Punhete
Para S.l.
Contexto

Este processo diz respeito a João José Baptista, solteiro, vinte e três anos e sargento da Companhia de Pontoneiros do Regimento de Artilharia do Porto, natural da cidade de Lisboa e morador na Praça de Valença do Minho, arcebispado de Braga. Filho de Joaquim José Baptista, escrivão do Senado de Lisboa e de Dona Francisca de Souza. O réu fora acusado de ter proferido "com animozidade, teima e assensso, as propozições hereticas, que negão a existencia das pennas do Inferno, a Imortalidade da Alma; e outras mais dos sequazes de Origem e de alguns Atheistas Modernos". As "proposições heréticas" foram analisadas por Manuel de Santo Alípio, que as qualificou como "capazes de introduzir venenozas impressoens nos animos simplicez, e innocentez". O réu admitiu ter proferido as proposições de que o acusavam. Disse ainda que tinha obras de Voltaire e do Marquês d'Arjan em seu poder e que se lembrava de ter lido a negação da existência da alma. Foi depois sentenciado, a 30 de janeiro de 1770, a ir ao Auto da Fé, abjuração leve, degredo por tempo de três anos para o Bispado da Guarda, penitências espirituais, instrução ordinária e pagamento das custas.

Suporte meia folha de papel não dobrada escrita apenas no rosto
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra
Cota arquivística Processo 9534
Fólios [102r]
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Rita Marquilhas
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2009

Texto: -


[1]
Punhette aos 31 de 8bro 1770 Ilmo Sr
[2]
Grande cuidado q me deu de não receber de VSa reposta de trez cartas, mto principlmte de huá em q lhe dava a saber, q eu estava rezoluto a não hir ao- Regimto, mas sim logo daqui aprezentar-me no degredo, e q não hindo eu a essas terras não podia satisfazer aquella penitencia q eu devia cumprir com VSa,
[3]
e nes-tes termos implorava me quizesse pór na precenza dos Sros Inquezidores estes mo-tivos pa haver de me comutar a ditta penitencia, ou satisfazela com outro qqr Rdo Sacerdote:
[4]
agora novamte lhe torno a suplicar o mmo, e lhe remeto a certidão do Rdo Parrocho da frega donde fiz a minha aprezentação no degredo, q foi na Vila de Punhete, e assim lhe suplico o queira fazer, aos Sros do Tribunal do Sto Offo remetendo-lhe por sua via a minha certidão, pa assim por ella constar do cum-primto da minha sentença:
[5]
peço-lhe pela sua vontade, e prudencia me queira remeter reposta desta carta.
[6]
Estimarei possua VSa saude mto perfeita, acom-panhada de mtas felecidades, e q disponha de mim como
[7]
Seu humilde servo João Joze Bapta

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