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Maarten Janssen, 2014-

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1828. Carta Luís Caetano Leirós de Andrade e Castro, sob o pseudónimo de Anacleto Vila Real, para João Maria Botão.

Autor(es)

Luís Caetano Leirós de Andrade e Castro      

Destinatário(s)

João Maria Botão                        

Resumo

O autor tenta extorquir dinheiro ao destinatário sob a ameaça de lhe queimar os bens. Finge escrever da Aldeia Galega.

Texto: -


[1]
Sor Jo Maria Botao
[2]
eu sou o vila real capitão de 2 codrilhas
[3]
tenho no limoero en Lxa prezo o meo sota
[4]
o Escrivão pediu 20 moedas pa o soltar
[5]
faltame 35 mil res pa se dar o Escribao
[6]
asin vmce presteme 35 mil res em papel e remetaos ao meu companheiro o pelo corro o pelo seguro do corro isto como quizer
[7]
o meu Camarada chamace Anto Negrinho
[8]
asin sera vmce pago no dia 19 q he de sair da feira do canpo de coinbra onde e de estar no dia 15 do mes q ben
[9]
no dia 19 he vmce pago metal
[10]
contanto q se me falta qm o paga he vmce q lhe Vamos tirar a vida e lançar fogo a qto ten
[11]
he escolher
[12]
o depois não se quexe
[13]
coidado con o segredo
[14]
se o descobre ba ser lhe o mmo que faltarme
[15]
meta este dinhero como digo
[16]
e pora la no sobreescrito ao snr Anto Negrinho etc Lisboa q espero nesta Cide orde pa mandar o Corro buscar carta
[17]
nada mas lhe digo
[18]
En a gazeta do dia 30 do mes pasado veja o q fes huma Codrilha minha pa a provincia
[19]
Va recolher esta the segunda fra dia 8 deste mes
[20]
Seu Vor Anacleto Vila rial
[21]
Aldea galega 1 de 7bro 1828
[22]
se me falta fare en pedacos en tendo vmce

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