Visualización por frase 1592. Carta de Inês Fernandes para o primo, João Gonçalves, mestre de engenho de açúcar. Autor(es)
Inês Fernandes
Destinatario(s)
João Gonçalves
Resumen
A autora dá notícias ao primo, pai do seu filho, sobre a sua condição e a dos familiares. Alegando que ela e o filho passam fome, pede-lhe que ele lhe envie licença e provisão para que ela possa embarcar para junto dele.
Texto: Transcripción Edición Variante Normalización - Colores
como muyto de dezeyo ha de saber novas suas não me emfa
do d escrever por todas as vias
estando este navio pera pa
rtyr fys estas Reguras aventura como outras muytas q
temho feytas sem numqua saber novas suas
não sey em q
ponha tamto descuydo quanto vosa merce tem
torno a cuydar
que o tem ja por descuydo
pecolhe por amor de noso snor e pol
a alma de sua may que se alembre de huã orfam tam dezemp
arada e de seu filho que pasa muytos bocados de fome
porque muyto bem sabe vosa merce que não tenho parente nen p
arenta que me seya bom com nada porque seu prymo gaspar
delgado me neguou o asinado que ele me qua deyxou
se o ty
vera aRecadarao rque deve por ele
ja aguora não a ningem
em que se as pesoas comfiem
seu prymo domingos sardyn
ha he mestre e senhoryo do emjenho do xyoll e asim te
m todos muyto Remedyo asym no tyvera vosa merce
em yr fora do seu naturall
se vossa merce não termina
de vyr este ano mandeme licemca e provizam com que
pague a ãto baradas
mynhas tyas yzabell sardynha
me emprestou des mill reys pera lhe dar aguora lhe
devo a demazya
se me vossa merce mandar a llycem
ca pa yr ja me embarcara
não faltara hũ parente
que fora comyguo
e asim o ey de fazer se vossa merce es
te ano se não vem porque ja não poso sofryr tantoss
trabalhos porque não poso guanhar mays que pera a
caza de lugell e a quanto he mynha tya ja não tem que
m lhe pague
novas de seus yrmaos amos nosos am
bos estam com pero sardynha
sua yrmãn a caza
da esta muyto bem com dous menynoss
a outra colteyra esta em caza de seu tyo gaspar
dellguado
se tyvera poder ja a trouvera pera
caza
não tenho mays que dyzer se synão que eu
e seu fylho fyquamos Roguando a deus por vyd
a e saude de vosa merce
feyta oje a des dias
de junho der de noventa e e dous
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