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1607. Carta de Álvaro Belo, frade, para a Jorge de Melo e Salvador da Teixeira, inquisidores.
Autor(es)
Álvaro Belo
Destinatario(s)
Jorge de Melo
Resumen
O autor refere-se à sua doença e menciona as más condições no convento onde se encontra.
Texto: -
[1]
Despois q me apartei de Vsms estive na Enfermaria dessa
çidade mui mal sangrado E purgado, alem de dous acçidentes
Em q me vi morto. E posto q ao Peres pareçeo temeridade
estando tal querer partir me assi pa casa:
[2]
todavia despois me
deu lça E cõ mto resguardo me parti domingo vespora de Natal
ainda q cõ hũ olho mais arrisquado.
[3]
Qua tomei huãs pirolas,
E fis outras diligençias:
[4]
mas comtudo tenho çesões cada dia
[5]
E estou mto perigoso pello sitio da casa q he tal, q mais de
50 religiosos se hã ido desta casa estes ãnos por do-
enças, q todas ficã aqui incuravẽs, E ainda nas patrias
cõ a saude vagarosa.
[6]
E assi nhũ de qtos aqui adoeçerã
nunqua qua mais tornarã, q lhes nã fosse forçado tor-
narẽçe a ir de todo.
[7]
E na Enfermaria desse convto
estã agora desta casa sinquo frades pregadores, cõfessores
E de serviço;
[8]
E todos pa lá se ficarẽ, cõ os mais, p suas patrias.
[9]
Pello q pesso a Vsms me dem lça pa me ir a setuval
minha patria, onde Vsms nã terã a sua obia:
[10]
E
podendo, cõ seu recado serei onde me mandarẽ.
[11]
Xo cõ
todos E gde a Vsms etc.
[12]
Deste convto de Na sra das
Pedantes de Alvito a 22 de janro de 607
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