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1630. Carta do capitão Manuel Fragoso para Francisco Pacheco da Silva.
Autor(es)
Manuel Fragoso
Destinatário(s)
Francisco Pacheco da Silva
Resumo
O autor informa o destinatário de que está a par da sua prisão e promete-lhe desenvolver esforços para o libertar.
Texto: -
[1]
Ontẽ a tarde estive emte hũa ora di noite esperamdovos
pa aquele negosio com ho mesmo homẽ e espantado de fal
tardes
[2]
e fui ter com fernãodo nunes e me disse que não avieis i
do la o que me deu mto cuidado
[3]
e asim tratei que manda
sẽ a vosa pousada saber de vos que como vos recolheis
tarde e eu o não sabia por iso não fui eu mesmo=
[4]
oje
pela menha logo fui ter com fernãodo nunes e me dise
como estaveis preso nesa cadea da corte o que me deu
mto cuidado que vos prometo que o senti mto e me
deu o voso escrito pelo qual conheso não he cousa de
cuidado vosa prisão
[5]
e nele diseis vos va falar
[6]
eu fui
logo e fui tão desgrasado que estava ai o algoacil
que me quer prender pelo alquiler da casa como vos
sabeis
[7]
e por esta ocasião não emtrei mas não fas isto
o eu não acodir com todas as veras a vosa liberdade
[8]
fernãodo nunes e aquela senhora me diserão que lhe man
dareis diser que a vosa prisão he sobre as palavras que
tivestes em segovea com ho omẽ que esta preso e que
o que vos andava segimdo o devia faser
[9]
e a eles lhe
pesara como vos no voso escrito diseis
[10]
avisaime de tu
do o que nisto ha e d onde vos temeis que posa vir pa que
eu saiba o que ei de fazer=
[11]
ai vos mando os seis reales
[12]
não vos de cuido que eu ei de vemder a capa e quan
to tiver emte vos por na rua.
[13]
e asim não falta mais que
avisardesme pa que eu fasa negosio
[15]
e pesoa de comfiansa pa tudo
[16]
deos vos guarde
e vos de a liberdade que desejais
[18]
sede tão avertido que me respondas nas costas deste pa
que o eu rompa. pois os omens advertidos o an de ser
em tudo
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