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Maarten Janssen, 2014-

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1672. Carta de Leonor de Brito para José Pessoa, [mercador].

Autor(es) Leonor de Brito      
Destinatário(s) José Pessoa      
In English

Private letter from Leonor de Brito to José Pessoa, [merchant].

The author tells the recipient about some familiar developments that occurred in the colony, laments the distance that separates her from all her beloved ones because she is in that "exile", and expresses her hope that she will see them again. Finally, she asks for news regarding a captaincy in Northeast Brazil.

Given the suspicion that the Sephardic communities were trafficking goods and information to the detriment of the English Crown, several ships coming from or going to the Netherlands on their behalf were intercepted. In fact, the provisions in the Cromwell Navigation Acts prohibited the commercial contacts of the English colonies with the Netherlands, Spain, France and their overseas possessions. The proceedings that were initiated, under the guard at the Supreme Court of Admiralty, arose in the context of four moments of great tension between those two powers: the 2nd Anglo-Dutch War (1665-1667); the 3rd Anglo-Dutch War (1672-1674); the Seven Years’ War (1756-1763); and, finally, the 4th Anglo-Dutch War (1781-1784). The documentation found on board and preserved in the archive - private correspondence and cargo records - was taken as documentary evidence of the practice of cargo smuggling at sea. The letters described here are also demonstrative of the quality of the relationships within Sephardic families (Jews and converted), with the existence of strategically distributed social networks: on the one side, the settlers positioned below the Equator, more precisely in one area of the West Indies’ Seven Provinces (in the Caribbean), as part of the Dutch overseas territories; on the other, family and business partners, located in the main ports in the North Atlantic, important centers of financial and commercial activities. Incidentally, in some of these letters we may observe the occurrence of loanwords of English and Dutch origin belonging to the lexical-semantic field of trade relations. Examples of this are “ousove” and “azoes”, for the English “hoshead” or the Dutch “okshoofd”, an ancient measure of volume. In the present case, we have a set of letters that were transported on board the Dutch vessels Het witte Zeepaard, Bijenkorf, Fort Zeeland and Gekroonde Prins. They were coming from the port of Paramaribo and bound for an important and strategic port of the Company of the West Indies - Flushing, in North America - through the Caribbean.

HELLER, Reginaldo (2008). Diáspora Atlântica. A Nação Judaica no Caribe, séculos XVII e XVIII. [tese de Doutoramento em História]. Niterói: Universidade Federal Fluminense.

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Texto: -


[1]
Primo e Senhor Joze pecoa
[2]
Sarinhão 2 de tenbro 672
[3]
Mutas tenho a Vm escritas por divercas Veces dando lhe as gracas de seu bom animo e pedindo lhe suas novas que he a maior data que me pode dar
[4]
estas me faltão a tantos tempos que coando não o pedira o sange o dezejar saber a cauza me podia cauzar a pena que tenho pidindo nella a Ds não seja a falta por ser a de a saude e que elle lha conserve como esta sua prima que tanto o quis e quer dezeja em companhia de eca minha senhora em quem me Recomendo de coracão fazendo minha filha e sobrinha o mesmo
[5]
e no amor da minha querida e sra anna pecoa em quem Vm me Recomendara e ofrecera esta por propia que em particular a não emportuno esperando fazelo com novas que ella seja servida darme suas e Responderme a mtas que lhe tenho escrito,
[6]
e a Vm o tenho tambem feito dando lhe conta de aVer cazado o meu filho mais Velho e a com sua prima filha de minha Irmã Izabel de brito
[7]
e tambem de dita minha Irmã aver tomado estado dcom ome de muto ser bendito Ds que se lembro dela eles as deixe lograr a ambas por quem he,
[8]
o meu filho bem dezeja escrever a Vm e ofrecerce por seu servidor como o pede o parentesco tão chegado mas a criacão destas terras lhe facem não ter a comfianca que devia ter
[9]
e me pede e mi o faca e Recomende em seu amor de Vm e azeite os dezejos pidindo a Ds todos nos Nos Junte ante que eu mora
[10]
me deixe Ver o meus queridos primos pois são sos os parentes que conheco e so lhe peco asim Ds o deixe lograr
[11]
e de filhos de bemcão me não falte neste desterro donde a furtuna me deito com suas novas que coando nellas não alcance mais que Ver lhe lembro sera o meu gosto,
[12]
tanbem lhe peco me mande Clareza do que tem Remetido a olanda do que na sua me ofreceo tanto dos 10 floris pa a minha filha como do demais que Vm na sua me dis mandava me Remetece do qe espero em Ds lhe tenha dado a Vm sento p
[13]
e como tenho tenho sobre isto escrito largo e mtas Veces o não quero mais emfadar se não tornar ea pedir suas novas
[14]
e Ds o gde e de os beis e gostos que elle pode darlhe e eu lhe dezejo-
[15]
desta sua prima que mto o ama Lianor De brito
[16]
se Vm tiver algũa nova da bahia lhe peco me avicae o que sobre o Resto do que la esta hai

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