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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor dá notícias da sua viagem e recomenda ao destinatário o portador da carta, um amigo de toda a confiança. |
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Autor(es) | Amaro de Jesus Maria Rangel |
Destinatário(s) | Anónimo400 |
De | S.l. |
Para | América, Brasil, Rio de Janeiro |
Contexto | O cirurgião António de Sá Tinoco, residente na comarca do Rio das Mortes (Minas Gerais, Brasil), foi alvo de perseguição por parte do vigário de Santo António de Itaverava, Manuel RibeiroTaborda, que o privou dos sacramentos por ser "pecador público e notório". O vigário acusou-o de atentar contra o 6.º mandamento ao defender publicamente que quem cometesse adultério não tinha a alma condenada ao inferno. Causas de escândalo, também, foram as acusações de que vivia em concubinato com uma escrava crioula, que desobedecia aos ministros da Igreja e que injuriara o Estado Eclesiástico ao ameaçar o vigário com a sua espada caso ele recusasse confessar a escrava crioula e admiti-la pelo preceito da quaresma. As cartas particulares anexadas ao processo, algumas remetidas a partir de Minas Gerais, datam do período compreendido entre a emissão do mandado de prisão (novembro de 1761) e meses antes de o réu ser encaminhado para a Inquisição de Lisboa (agosto de 1763), altura em que foi depositado à guarda do mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, por ordem do Tribunal do Santo Ofício. A incorporação das cartas no processo teve uma função claramente abonatória e corroborou o sentido do depoimento de várias testemunhas. Com efeito, vários religiosos beneditinos acabariam por ser partidários do réu, acreditando ser falsa a culpa movida contra ele. O motivo estaria antes no "entranhável ódio que o reverendo vigário Manuel Ribeiro Taborda e seu irmão João Ribeiro Taborda lhe tinham como capitais inimigos". Supunha-se inclusivamente que o fim último de todas aquelas acusações consistia em expulsar António de Sá Tinoco da sua freguesia para que ficasse o irmão do vigário com o monopólio do ofício, ainda que "a curar ignorantemente". O beneditino frei Amaro de Jesus Maria Rangel atestou a "bondade de génio" do cirurgião e a falta sentida pela sua ausência junto dos pobres de Minas Gerais, a quem dava "os remédios de graça e dinheiro para o sustento". Mesmo confinado ao mosteiro fluminense, muitos procuraram o cirurgião pela fama da sua caridade e poder de cura. |
Suporte | meia folha de papel escrita no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Lisboa |
Cota arquivística | Processo 2490 |
Fólios | 121r |
Online Facsimile | http://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=2302413 |
Socio-Historical Keywords | Ana leitão |
Transcrição | Ana Leitão |
Revisão principal | Raïssa Gillier |
Contextualização | Ana Leitão |
Modernização | Raïssa Gillier |
Data da transcrição | 2015 |
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