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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

[1730-1752]. Carta de Maria Clara da Anunciação para António José da Mota.

ResumoA autora pede ao destinatário que não se encontre com certa pessoa e que evite os seus irmãos, demonstrando alguma preocupação. Informa ainda qual iria ser o seu paradeiro dentro de alguns dias.
Autor(es) Maria Clara da Anunciação
Destinatário(s) António José da Mota            
De Brasil, São Paulo
Para Brasil, São Paulo
Contexto

Esta correspondência reporta-se a um processo de rompimento de promessas de casamento ocorrido em 1752, em que foram justificante António José da Mota - destinatário - e justificada Maria Clara da Anunciação - a autora das cartas anexas a este caso judicial. O caso deu pois entrada na Câmara Episcopal de São Paulo a pedido de António José da Mota. Havia cerca de 6 meses que ele se tratara de amores com Maria Clara da Anunciação, sobrinha (por afinidade) de Manuel de Oliveira Cardoso, sargento-mor que, por seu turno, era irmão de João de Oliveira Cardoso, escrivão do Auditório Eclesiástico de São Paulo. Este último, reconhecendo a interferência de interesses, requereu que não exercesse funções naquela causa.

Pela descrição constante nestes autos relativamente ao namoro mantido, António e Maria Clara tiveram várias falas e conversas tanto em casa de seus pais, como na sua roça, a cerca de 1 légua, "de cuja comunicação cresceu entre ambos o amor, de sorte que prometeram e apactaram várias vezes entre si, e outras vezes diante de gente, o casarem-se na forma do Sagrado Concílio Tridentino. Com esta certeza lhe facilitou a suplicante mais amiúde as conversas, fazendo de noite não só pelo quintal, como algumas vezes falar-lhe pela janela a tempo de silêncio. De forma que a suplicada não tratava ao suplicante mais que de seu consorte, em cuja firmeza da sua mão recebeu três varas de fita cor de rosa que trazia a suplicada nas pulseiras de diamantes ou aljofres, e assim mais uma coifa de cabeça de [trossa?l], cor de pérola, e fio de ouro, e assim mais um coração de ouro por prendas, e outras coisas mais, e algumas destas perante a mãe da suplicada, que não ignorava o contrato. E porque agora, por vários incidentes, não quer a suplicada, obrigada de medo de seus pais e parentes, dar satisfação às ditas promessas, tendo ademais o suplicante os escritos juntos feitos e firmados pela suplicada" (fl. 2r).

Os escritos foram apresentados por António juntamente com uma petição onde requer que ela seja intimada, a fim de revelar se fizera ou não promessas de casamento e se recebera dele prendas. A relevância da incorporação das cartas autógrafas - entregues de forma voluntária - prende-se precisamente com a necessidade de mostrar evidências do que efetivamente ocorrera entre ambos. Algumas testemunhas confirmaram igualmente a comunicação entre ambos, inclusive a redação de correspondência dirigida a António.

Suporte uma folha escrita no rosto.
Arquivo Arquivo da Cúria Metropolitana
Repository Esponsais
Fundo São Paulo
Cota arquivística PGA-100
Fólios 5r
Socio-Historical Keywords Ana Leitão
Transcrição Ana Leitão
Revisão principal Raïssa Gillier
Contextualização Ana Leitão
Modernização Raïssa Gillier
Data da transcrição2016

Texto: -


[1]
rS Anto Joze mto he noro que he sua gintileza não dar
[2]
para mais que pesso he que vm não va em caza de senhora Manoela que aBasta que padeso por mo de vm
[3]
os meos rIrrmaos fuja deles como o diaBo fugio da curs
[4]
não posso Dizer mais porque he com perssa mais cuarta feira Bamos para rosa
[5]
Manoel dira a vm ca mesmo quero fazer com vm
[6]
não tenho lugar para mais.
[7]
fico serto no serviso de m
[8]
que Ds gde ms anns va
[9]
De vm
[10]
Serva oBrigadisima de m Ma C De nusia

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