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Maarten Janssen, 2014-

Visualização das frases

[1628]. Carta de João Esteves, antigo guarda do cárcere da Inquisição, para Filipa Pedrosa, sua mulher.

Autor(es)

João Esteves      

Destinatário(s)

Filipa Pedrosa                        

Resumo

O autor envia instruções à mulher sobre como gerir as suas propriedades e pede-lhe notícias dos filhos. Não só elabora uma enumeração ordenada de dinheiros que lhe devem, como também as propriedades a serem exploradas por outros. Também refere no final que a carta estaria a ser escrita com um pau e que a carta do filho tinha chegado selada com lacre, provavelmente querendo confirmar com o filho os sinais da carta ou revelando que o cárcere não tinha aberto a correspondência que chegara.

Texto: -


[1]
noso sor vos alegre como me alegrastes as vosas E noso sõr vos aseite as pasadas q por dais E derdes
[2]
estimo mto terdes saude e os meninos
[3]
noso sor volla de pa seu emparo E meu
[4]
não me mãodais diser se falastes na manoel da caunha ou o que vos Respõdeo
[5]
de tudo me avizai miudamte
[6]
E apertai co o velho q nelle esta mto se elle quizer falar E Rogai mto ao sor amigo se não Emfade q Eu terei conhecimto tirandome des deste cativeiro
[7]
mãodaime dizer se vos deu o negro os 6000 mil rs da mẽsão do clerigo E se tẽdes novas delle E como vier se vos derão os seis mil rs q lhe va dar quitasão q bẽ sabe adonde elle mora
[8]
folgarei saber se vos vierão os 10 alqueires de trigo de loures E adrião dias se sastifes E se alguem vos acode algũa couza;
[9]
a vinha como for tempo andre botelho dara órdẽ pa ser vindimada
[10]
E não esquesao do vieira q são mil E oitosẽtos rs
[11]
folgarei saber antonio se vai tomar lisam ou como passa o seu tempo
[12]
q aprẽda e irnosemos todos pa ovidos
[13]
avizaime coando vier o pdre mas Elle não saiva nada
[14]
he nasario saber do marcal nunes das bullas q de órdem a tudo como amigo q Eu tudo pagarei queirẽdo ds E darlhe ordem a ir tomar posse E q não passe o tempo
[15]
E se puder ser q Emquanto antonio não for pa servir q fassa mto q sirva o pe joão gois d almeida per elle
[16]
e pa isto o snor simão llopes fara co o provizor pa o deixem servir
[17]
mãodaime dizer se prenderão mais algũ de meus copanheiros q am comei carne
[18]
E como não tiverdes dro scõdei do q tiverdes por caza q ds dara remedio
[19]
do q me dizes q sera como a cristaleira não me paresse isso que escreveo o escrito pequeno
[20]
folguo saber porq não he de antonio
[21]
paresse q ouvi dizer q hia tambem preso paulo d asevedo
[22]
avizai me de tudo de quando em quando
[23]
ca tive novas de mel andar ja calcois-
[24]
noso sor vos gde como pode e vos de vida E saude E pasiencia
[25]
não me mãodastes novas de antonia
[26]
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[27]
gde o melam vosso.
[28]
isto he escrito hũm pau
[29]
o voso escrito veio selhado lacre

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