Eventos | D. Pedro é uma figura crucial, tanto da história de Portugal quanto da história do Brasil. No Brasil, onde havia ficado como Príncipe Regente após o regresso de D. João VI a Portugal, foi ele quem liderou o processo de independência da colónia, iniciado com aquele que ficou conhecido como o Grito do Ipiranga (1822). Tornou-se então o primeiro imperador do Brasil, cargo que manteve até 1831, momento em que, pressionado por várias correntes de oposição interna e pela vontade de assumir em Portugal a luta contra os absolutistas, abdicou em favor do seu filho, D. Pedro II do Brasil, e regressou à Europa. Em Portugal, aquando da morte de D. João VI em 1826, sucedeu-lhe formalmente no trono, com o título de D. Pedro IV, embora tenha abdicado de imediato na sua filha Maria da Glória, ao mesmo tempo que outorgava a Carta Constitucional. Este documento seria, por muito tempo, a peça ideológica e política fundamental da causa liberal e a sua bandeira na guerra civil que, declarada ou não, imediatamente se iniciou. Com efeito, a fação absolutista, liderada pelo irmão, D. Miguel, não aceitou os termos da solução proposta em 1826, tomou o poder e iniciou uma política de saneamento e perseguição dos liberais. Este conflito entre liberais e absolutistas foi uma das épocas mais violentas da história de Portugal. Quando D. Pedro regressou do Brasil, em 1832, assumiu a liderança das forças liberais, primeiro através da formação de um governo nos Açores, e depois através de um desembarque de forças militares no Porto. Esta fase mais violenta da guerra civil portuguesa acabaria em 1834 com a vitória dos liberais e a reposição de D. Maria da Glória no trono. D. Pedro morreu alguns dias depois |
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