CARDS0079
[1829]. Carta de uma autora não identificada para José Moro espanhol, preso.
Autor(es)
Anónima11
Destinatario(s)
José Moro
Resumen
Carta de amor com queixumes a um destinatário que estava na prisão.
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Asepreste Verde e triste
Copia da minha figura
Verde he minha esperança
Triste a
minha ventura
Com Sumo gosto Pego na pena para comresponder
a hum bem que eu Tanto adoro e venero
e que sempre vos
trago Retratado na Vista dos meu holhos pois para
toda a parte que holho
sempre me parece que Veijo a
vossa formuzura.
Não se passa dia nem hora nem
estante
que não Corra as suas Cartas pela vista dos meus
holhos qdo veijo o vosso delicado Cabelo os meus holhos
são duas fontes que se arrazão
de Agoa pois já que vos
não posso ver todos os dias veijo as vossas delicadas Pren
da ja
não tenho alegria já não tenho Consulação senão
só qdo vos veijo pois já não sei a hora que
ha de ser da nossa
hunião q só asim o meu Coracão terá descanso pois a
minha
Vontade hera sempre estar a vossa vista e não Estou
por
que não posso Sabe Deos o que tenho passado com mi
nha Mãe pois agora
Já hela lhe não da remedio
ninhum porque sendo o dous Corações onidos ningem
lhe da volta.
Aseitará o Meu Coração
Saudozo que Só a vistas terão
os meus holhos descanço
Abismado de furor
Vive este Coração,
Nesta auzencia dilatada
Sem ter ComSulação
Tanta Magoa tanta dôr
Padeço continuamente
Que não poço lindo amor
Já de Si estar auzente
etc etc
etc etc
Se eu feliz de hum bem comsigo
Nesta amoroza afeição
Contente descançara
Meu Amante Coração
Ah Coração emfeliz
Que tanto tens sofrido
Alegra teu pençamento
Que hoje serás correspondido
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