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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0151

[1500-1599]. Carta de anónima, afilhada do destinatário, para, presumivelmente António de Castilho.

Autor(es)

Anónima64      

Destinatario(s)

António de Castilho                        

Resumen

A autora dirige-se ao destinatário,seu padrinho, dando-lhe notícias suas e queixando-se da falta de cartas dele.

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esta carta sera dada no colejio de são paulo q he re posta dũa q veio de lisboa [fig1] Senhor

não poso tomar cõselho que me não segure de cada ves menos e por vos não tolher a fala a cada paso quero ãtes viver asi mal acõmselhada por se não perder cuidado que tãto por sua võtade vos deseja servir mas não credes que he voso e este agravo que do mais não são ta desarepada que não cuide que foi a mor merce que me podies fazer deixemos agravos que os não sei ter vosos nẽ ai ma cõdição a que posais por cerco mas nada a isto basta pera deixardes de me por culpas de que ja estareis vĩgado porque pera não ha mor cerco que faltarme novas vosas a outo dias que sem duvida me parece outo mil anos

a valedora que quereis tomar me parece escusada porque esta claro não fazer nada sen e ela sabe bem esta cutesa pois não querera sirvirvos nesta parte padrinho mãdaime muitas novas vosas que por esta [fig1] que ãdo pera morer porque as não sei todo este tẽpo amigos como dantes e mais se puder ser porque se não se sofre ma vida em dias tamanhos e as noutes em que cuido ter algũ remedio de vos e desemquietame muito mais e isto não por medo que lhe tenha mas porque me tirão d avẽturas que folgara chegar o cabo não me mais declarar porque diz frei afõso que vos achei e se lho disese nũca acabaria padrinho que remedio me dais pera vos não querer tãmanho ben que parece sem sabona porque he ir allẽ do que Deus mãda e nisto tenho grãde escrupulo que me acõselheis o que nisto poso fazer ou me segureis quã bem ho emprego padrinho mãdaime dizer que quereis que faça de duas cartas vosas que tenho que por desastre vierão ter as minhas mãos sois omẽ de muito bom recado pois afirmovos que não erã pera se por em tãto risco mas forão ditosas em vir cousa sua porque são de muito segredo ainda que vos não me tendes nesa cõta- beijo as mãos

vosa afilhada

Leyenda:

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