Meu Sr Estimei as suas nottas que na verde
as suspirava com aquelle affecto com que sempre o venerei.
Em 21 de 9bro proxo passado me fez vme mce escrever, dan
do me novas suas, e pedindo-me a certeza do falescimto da sra
Felippa sua companhra que Ds haja, e não menos excesso
de tal dilliga o Sr Theodozio Machado, pelo mto que lhe deza,
não ha duvida que antes da partida do do Sr pa esse certão
lhe disse que havia falescido a da Sra assima, e que agora
poderia vme cazar com essa Sra por ambos ficarem bem, e
no verdadro caminho do serviço de Ds que hé o ulto fim pa
que Ds nos creou: e sobre esta materia digo a vme o que com
acerto pode ser.
Emqto a Justificação que vme pede nao pode ser
razão porque não há nesta Bahia qm possa jurar que a
vio morta, ou morrer, por ser o cazo melindrozo, e so sim
o avizo que tive de minha caza foi que havia falescido na
quella Cide aquella mulher de horensi que tinha o mari
do neste brazil e mais outra Irman: esta hé a notta que so há,
e dela avizei a varios ao Itapicurû; e avizando-me Pedro
Ribro da morte da cunhada mulher do Dr me parece
que me falava na morte da Irman, e pa o poder affirmar
nao foi possivel dar com tal carta, que depois de tanto
trabalho me lembra havia mandado a hum Sr de enge
nho pa ver as novides de huma cauza sua de que trata
Pedro Ribro.
E pa o seu dezo ou serviço de Ds se nao dezani
me que hoje está a entrar a Nau da India, e pelo avizo pe
ço certidão em termos do falescimto com a brevide possi
vel, ou justificacão, e com o que vier supplicarei ao Sr
Arcebispo pa dispensar como delegado do Pontifice: isto
hé quando vme tenha a rezolução do meu intento; isto hé
sobre a materia, o que posso a vme mandar dizer com indi
viduação que pa o que me ordenar me achará mto prom
pto emquanto ao servir o sr cappitao mor Bento da Sa
de Olivra será pa mim honra e me achará com a fideli
dade que custumo Ds gde a vme ms ans Ba 19 de Ja
nro de 1755
Mto amo e veneror de vmce
Pedro Barboza Pra